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Petistas cearenses defendem fuga de Pizzolato para a Itália

Vice-presidente do PT do Ceará disse que Pizzolato será a "batpedra do nosso Batman, Joaquim Barbosa"

Jéssica Welma

Integrantes do PT no Ceará defenderam a fuga para Itália do ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado a doze anos de prisão pelo mensalão e atualmente foragido e procurado pela Interpol. Membros do partido se reuniram ontem, na Assembleia Legislativa, para discutir o cenário diante da prisão de expoentes da história da legenda e, além de críticas ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao presidente Joaquim Barbosa, apostaram na fuga como saída para provar a inocência dos condenados.

Atual vice-presidente do PT Ceará, Joaquim Cartaxo ironizou a alcunha de “Batman” (super-herói criado pela editora norte-americana DC Comics) dada a Joaquim Barbosa nas redes sociais para traçar um paralelo entre a fuga de Pizzolato e a expectativa de que ele seja responsável por uma reviravolta no processo. “Ele fez uma ação genial. Vai ser a ‘batpedra’ do nosso ‘Batman’ moderno, Joaquim Barbosa”.

O vereador de Fortaleza e advogado Deodato Ramalho disse que a ida do ex-diretor para a Itália representa a possibilidade de o caso do mensalão ser levado para julgamento em cortes internacionais. Dessa forma, os membros do alto escalão petista, como Delúbio Soares, José Dirceu e José Genoino, teriam uma segunda chance de provar a inocência.

Críticas ao STFNa maior parte dos discursos, ressaltaram-se críticas ao caráter político do julgamento do mensalão e à possível interferência da imprensa no resultado. O vereador Acrísio Sena defendeu que, diante do “espetáculo do judiciário”, a população deu resposta ao caso, com a melhora da avaliação do governo Dilma Rousseff em última pesquisa.

O presidente eleito do PT cearense, Diassis Diniz, destacou que o foco do partido é debater e divulgar as informações acerca do caso. “Eles querem interditar o processo do PT, mas, em 2014, vamos reeleger Dilma e fazer uma bancada extraordinária”, pontuou Diniz.

“Parlamentar do PT não faz negociata nem faz mandato pautado pela lógica do financiamento privado para se locupletar”, completou o presidente eleito. Ele frisou que a meta é fortalecer o debate em torno da reforma política para acabar com o financiamento privado que, segundo Diniz, é o nascedouro da corrupção no Brasil.