Constituinte, a nova arma vermelha
Os cardeais petistas têm uma característica comum – o que leva qualquer detetivezinho formado por correspondência a desconfiar de que está decidido entre quatro paredes – que seria louvável se suas intenções fossem nobres: a persistência.
Por vinte e poucos anos repetiu, repetiu, repetiu, até que a maioria dos eleitores acreditaram que esses cardeais regiam o único partido honesto, democrático e defensor dos interesses populares. Os mais desconfiados, os mais conhecedores da história e das mentiras da esquerda e os que conheciam o mínimo da biografia desses messias de intenções duvidosas tiveram que dar um suspiro fundo, capitular (como muitos fizeram) e voltar à batalha contra a corja vermelha.
Eleitos em 2002, tinham câmeras, microfones, jornais, sites, revistas, as chaves do cofre da viúva e um exército de sectários para espalharem suas mentiras fantasiadas de tábua de salvação do país e da humanidade. Nesse exército, agora cibernético, os militantes de camisa vermelha ou batas indianas, botons no peito, barba ao estilo velho Lula e os novos petistas, terninho Armani, barbinhas bem desenhadas por barbeiros (qual o correspondente a barbeiro de homens ricos ou candidatos a?) e salários superiores aos de generais, como o Luís Nassiff e Panúnzio. Tá, Luís Favre e PHA não têm barba, só os salários injustificáveis, mas os cardeais também vêm diminuindo as barbas paulatinamente para cavanhaque, como mostra o Berzoini, bigode à moda Mercadante ou Grenhalgh ou cara lisa, mostrando a cara de pau.
Insistem, há nove anos, na necessidade de “regular” a imprensa, que na língua de absolutistas de qualquer planeta significa “censurar”. Viram suas intenções derrotadas por, pelo menos, quatro vezes nesse período, mas não desistem. Os caras são teimosos. Podem esperar mais vinte e poucos anos para conseguirem e enquanto o dia não chegam, insistem na mentira, martelando dia a dia na cabeça do iletrado eleitos até que este chegue à conclusão de que a censura é deveras necessária e essencial para a democracia.
A bem da verdade, impossível elencar todas as mentiras insistentemente repetidas pela gangue vermelha, mas no momento chama a atenção a volta da proposta de uma Assembléia Nacional Constituinte. A simples idéia neste momento é assustadora.
Em seus 122 anos de República, o Brasil nunca teve uma Constituição tão esquerdista, mesmo assim o PT recusou-se a assiná-la, lembram-se? A atual Carta Magna é direitista ou conservadora demais para ele?
Não é a primeira vez que o assunto vem à pauta só que agora ocorre num momento perigoso. Os caras estão mandando e desmandando no país, o Executivo legisla mesmo contrariando plebiscitos, como no caso do desarmamento, proposta recusada por mais de 60% do eleitorado. O Judiciário legisla, como no caso da lei dos Fichas Limpas. O Legislativo finge que legisla e apenas diz amém para as ordens vindas do Palácio do Planalto. Eles podem fazer isso, afinal de contas têm maioria no parlamento federal, na maioria absoluta das assembléias estaduais e, de quebra, nas câmaras de vereadores Brasil a dentro. A imprensa não faz notícias, repete os releases enviados pelas assessorias de imprensa dos políticos. O eleitorado não pesquisa, não estuda, evita pensar, essa coisa trabalhosa que deve se restringir a intelectuais e mandatários políticos.
Uma Constituinte neste momento seria a derrocada irreversível da direita, já tão combalida, quase extinta, do bom senso, artigo em falta, da visão de crescimento mesmo que tenhamos empacado em 2,8% em 2011, do capitalismo que constrói infraestrutura, gera emprego, produz alimentos, aumenta a renda real a duras penas.
Ver Marco Maia aparecer nos jornais defendendo a proposta é sinal de alerta. O rebutalho de barbas rotas, língua presa, cérebro de papagaio e batas indianas vai começar a espalhar a urgência de uma constituinte, tendo o respaldo dos “intelectuais” assalariados – Nassiff, Favre, PHA e Panúnzio – como o recurso final para acabar com a pobreza e a miséria. De quebra, não haverá impedimento para se colocar a censura como uma pressogativa legal do governo central, como gostam de chamar o governo federal os comunistas herdeiros de Stálin.
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