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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

TUDO SOBRE O "LIVRO BOMBA" DE ROMEU TUMA JUNIOR! ATUALIZAÇÃO 6!


Romeu Tuma Junior contou para a TV Russa que Marcio Thomaz Bastos impediu prisão de mafioso russo em nome do PT




Maria do Rosário, que transforma ataúde em palanque, ainda não falou sobre o caso do alcaguete Lula


Boca fechada – A semana, agitadíssima vale lembrar, caminha para o seu epílogo, mas até agora a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes (PT-RS), que teima em reescrever a história do País, ainda não se pronunciou sobre o fato de Lula ter sido informante da ditadura militar. Acostumada a discursos revanchistas quando na mira estão adversários políticos ou ideológicos, Maria do Rosário também adotou silêncio obsequioso no caso de Eduardo Gaievski, o ex-assessor pedófilo da “companheira” Gleisi Hoffmann, que ainda está ministra da Casa Civil.

A denúncia feita pelo delegado Romeu Tuma Júnior de que Lula foi “X9” do Dops deveria ter transformado Maria do Rosário em “fulanização” da ira, mas isso não ocorreu porque se trata de um destacado companheiro de legenda, a quem a ministra dedica adulações desnecessárias.

A petista gaúcha deveria aproveitar o furor com que insiste em reescrever a história do Brasil para inserir nos novos anais verde-louros a porção alcaguete de Lula, cuja prisão de pouco mais de quatro semanas foi suficiente para lhe render uma aposentadoria de perseguido político. Ou seja, “nunca antes na história deste país” pagou-se aposentadoria para dedo-duro.

Quase uma especialista em exumação de cadáveres, a prepotente Maria do Rosário deveria se imbuir de coragem e esclarecer o covarde e brutal assassinato de Celso Daniel, então prefeito de Santo André, que saiu do palco da vida apenas porque discordou da destinação dada ao dinheiro da propina arrecadada junto a empresários da cidade do Grande ABC.

Antes de ser morto, Celso Daniel foi duramente torturado, inclusive sendo submetido a sessão de empalação, método de tortura medieval. Em crimes comuns, como sempre quis fazer acreditar o PT, esse tipo de prática não tem espaço. O petista foi assassinado porque sabia demais sobre a bandalheira que seus companheiros de legenda haviam instalado em algumas cidades brasileiras. Por certo Maria do Rosário não se dedicará ao caso de Celso Daniel, pois qualquer movimento brusco nesse baú amaldiçoado coloca dezenas de petistas na berlinda.

É tão pífia a sua atuação à frente da Secretaria dos Direitos Humanos, que Maria do Rosário não se importou em pegar carona no segundo sepultamento de João Goulart, o Jango, cuja exumação dos restos mortais serviu para o PT mostrar, mais uma vez, que é adepto confesso do revanchismo. Os petistas querem provar que Jango morreu em decorrência de envenenamento, não por causa de problemas de saúde. Durante a cerimônia de sepultamento de João Goulart, ocorrida há dias em São Borja, a ministra aproveitou a oportunidade para fazer campanha e saiu cumprimentando os populares que acompanhavam o funeral.

Nesse espetáculo carnavalesco em que se transformaram as muitas Comissões da Verdade que brotam no País, pelo menos uma pessoa teve bom senso e lucidez. A advogada Maria de Lourdes Ribeiro, filha motorista que dirigia o carro de Juscelino Kubitschek quando o ex-presidente morreu na Rodovia Presidente Dutra, em agosto de 1976, anunciou que não permitirá nova exumação dos restos mortais do seu pai, Geraldo Ribeiro.

Uma nova exumação seria requerida pela Câmara Municipal de São Paulo, cuja Comissão da Verdade concluiu, com base no “achismo”, que o acidente em que morreu JK foi um atentado. Para o vereador Gilberto Natalini (PV), presidente da tal comissão, Geraldo Ribeiro foi assassinado com um tiro na cabeça enquanto dirigia o automóvel de Kubitschek. Um evento a menos na agenda da ministra Maria do Rosário, que já mostrou não se sentir constrangida em transformar caixão funerário em palanque eleitoral. O fantasma de Jango que o diga!

Link para esta matéria: http://ucho.info/?p=77595


12/12/2013 às 17:11
Por que não Lula e Tuma Jr. na Comissão da Verdade?
Na segunda-feira, perguntei aqui o que revela a imagem abaixo.


Leio, agora, no Radar, de Lauro Jardim, o seguinte post:
O PPS acaba de protocolar um requerimento na Comissão da Verdade para que Lula seja ouvido pelos conselheiros. O motivo é o relato de Romeu Tuma Jr. em seu recém-lançado “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado”. O deputado Rubens Bueno fundamenta assim o seu pedido:

“Há uma acusação feita nesse livro contra o ex-presidente Lula que é referente ao período da ditadura militar (…): o ex-presidente teria sido informante do seu pai, o ex-delegado Romeu Tuma, junto ao Dops, famoso órgão repressor de movimentos políticos e sociais (…). Trata-se de um fato que precisa ser investigado pela Comissão”

Retomo
Aliás, parece evidente que a Comissão deve chamar para depor o próprio delegado Romeu Tuma Jr. Ele certamente tem informações relevantes sobre o período, não?

Por Reinaldo Azevedo


11/12/2013 - 16:01
Senado
CCJ do Senado rejeita audiência com Tuma Junior
Ex-secretário nacional de Justiça faz revelações em livro-bomba. VEJA mostrou relato sobre uso da máquina contra opositores e conta do mensalão nas Ilhas Cayman
Gabriel Castro, de Brasília


APARELHO CLANDESTINO - Romeu Tuma Junior: "Recebi ordens para produzir e esquentar dossiês contra uma lista inteira de adversários do governo" (Paulo Vitale)

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado rejeitou nesta quarta-feira um requerimento de convite a Romeu Tuma Junior, secretário nacional de Justiça durante parte do governo Lula. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) queria que ele fosse ouvido a respeito das revelações de seu novo livro, "Assassinato de Reputações - Um Crime de Estado".

VEJA mostrou trechos do livro em que Tuma Junior revela, dentre outros fatos, o uso da máquina pública para montar dossiês contra adversários, o esquema de corrupção que motivou a morte do ex-prefeito de Santo André, o petista Celso Daniel, e a existência de uma conta criada nas Ilhas Cayman para movimentar recursos do mensalão.

A base aliada se mobilizou pela derrubada do requerimento. "O Senado não cumpre um de seus deveres essenciais, que é o de fiscalizar o Executivo. As denúncias são da maior gravidade: o que se denuncia é a existência de um aparelho policial marginal na estrutura da administração federal", criticou o senador Alvaro Dias, autor do requerimento, após a sessão.

Agora, Dias quer fazer um convite extra-oficial para que Tuma Junior compareça ao Senado e fale a parlamentares interessados. Também nesta quarta, a base governista conseguiu o adiamento da votação de um convite a Tuma Junior na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Com isso, o requerimento só voltará a ser analisado - se for - em 2014.


11/12/2013 - 12:49
Congresso
Governo manobra e adia audiência de Tuma Jr. na Câmara
Ex-secretário nacional de Justiça afirma em livro que recebeu ordens para produzir dossiês contra adversário do governo Lula enquanto esteve no cargo
Marcela Mattos, de Brasília


APARELHO CLANDESTINO - Romeu Tuma Junior: "Recebi ordens para produzir e esquentar dossiês contra uma lista inteira de adversários do governo" (Paulo Vitale)

Em uma ação comandada pela base do governo, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados adiou a votação do pedido de audiência com o ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Junior. Agora, o depoimento de Tuma Jr. – se aprovado – só deverá ocorrer no ano que vem. A manobra governista também conseguiu transformar a convocação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, em um convite – o que, na prática, significa que ele prestará depoimento aos parlamentares apenas se quiser.

Conforme revelou VEJA, Tuma Junior afirma em seu livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado", que chegará às livrarias nesta semana, que recebeu ordens enquanto esteve no cargo para "produzir e esquentar" dossiês contra adversários do governo Lula. Durante três anos, Tuma Junior comandou a Secretaria Nacional de Justiça, cuja mais delicada tarefa era coordenar as equipes para rastrear e recuperar no exterior dinheiro desviado por políticos e empresários corruptos. Pela natureza de suas atividades, Tuma ouviu confidências e teve contato com alguns dos segredos mais bem guardados do país, mas também experimentou um outro lado do poder — um lado sem escrúpulos, sem lei, no qual o governo é usado para proteger os amigos e triturar aqueles que são considerados inimigos. Entre 2007 e 2010, período em que comandou a secretaria, o delegado testemunhou o funcionamento desse aparelho clandestino que usava as engrenagens oficiais do Estado para fustigar os adversários.

Nesta quarta-feira, a análise de três requerimentos de autoria dos partidos de oposição – DEM, PSDB e PPS – foi adiada por cinco sessões de votação em plenário – prazo que se encerra durante o recesso parlamentar. A manobra foi capitaneada pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), com forte respaldo da bancada do PT. 

“A base montou uma tropa de choque para blindar qualquer convocação”, disse Vanderlei Macris (PSDB-SP). “Nós não estamos tratando de um personagem marginal ao poder. Estamos tratando de alguém que ocupou um cargo importante, não podemos ignorar como se nada tivesse acontecido. Essa é uma oportunidade, inclusive, para o governo dar explicações”, afirmou Stepan Nercessian (PPS-RJ). 

Ainda nesta quarta-feira, outros pedidos de convocação de Carvalho e o convite a Tuma também deverão ser votados pela Comissão de Segurança Pública da Câmara.


Sem temer acusados, Romeu Tuma Júnior afirma que livro-bomba traz “apenas o que vi, não o que ouvi”


Sem medo – Como era de se esperar, a reação dos petistas diante da enxurrada de denúncias que é o livro do delegado Romeu Tuma Júnior e do jornalista Claudio Julio Tognolli – “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado” – não poderia ser outra que não a de desqualificar a obra. Começando por Tuma Júnior, o fato de ter ser delegado lhe dá conhecimento suficiente sobre o que representa uma denúncia sem prova. No caso de Tognolli, trata-se de um jornalista competente e com larga experiência em jornalismo investigativo. Sendo assim, a dupla não cometeria o equívoco de denunciar a esmo.

Profissionais de comunicação que costumam rezar pela cartilha do Palácio do Planalto, assim como vez por outra são agraciados com milhares de mimos, começam a questionar temas relacionados ao livro. Um dos questionamentos refere-se à demora do delegado em denunciar fatos que são considerados crimes graves. Cada um sabe o momento certo de fazer determinada denúncia, principalmente conhecendo um inimigo feroz e covarde como o PT. Se a denúncia demorou a surgir, é porque o conjunto de fatos alongou a coletânea de provas. Enquanto os crimes constantes das denúncias não prescreverem, a denúncia pode ser feita a qualquer tempo, pelo menos sob a ótica da legislação brasileira.

Sem saber o que fazer diante da repercussão das denúncias, o PT acionou a sua tropa de choque cibernética para rebater qualquer notícia favorável ao livro de Tuma e Tognolli, que tem 557 páginas e está recheado de documentos e provas, segundo os autores. Esse comportamento é típico dos integrantes da legenda, que se especializou ao longo dos anos em desqualificar os adversários para camuflar os próprios crimes que comete.

Para que o leitor avalie a confiança de Romeu Tuma Júnior em relação ao conjunto de denúncias que é a alma do livro, o ex-Secretário Nacional de Justiça disse nesta terça-feira (10) a um amigo próximo: “relatei apenas o vi, não o que ouvi”. “O que meu pai me contou não está no livro”, completou. Isso significa que Tuma Júnior só denunciou aquilo que viveu, o que lhe dá condição de enfrentar o acusado em eventual acareação, assunto que ele voltou a afirmar que enfrentará no caso da denúncia que fez contra Luiz Inácio da Silva, o lobista messiânico que é acusado de ter sido informante do regime militar.

De nada adianta a tropa de choque do partido atacar jornalistas e adversários na tentativa de anular o efeito das denúncias, pois com tal atitude o assunto ecoará ainda mais. Da mesma forma, negar o inegável é fazer esforço à toa, pois o PT mostrou na última década, a quem quisesse ver, a sua incontestável vocação para o banditismo político. O partido deveria se dar por satisfeito pelo fato de o lançamento do livro não ter sido agendado para agosto do próximo ano, o que garantiria a reverberação das acusações ates as eleições.

Link para esta matéria: http://ucho.info/?p=77501


Depoimento de doleiro mostra que o PT adora off-shores e deveria maneirar nos ataques a Tuma Jr.


Hora da verdade – A tropa de choque do PT tenta, sem sucesso, desqualificar o livro do delegado Romeu Tuma Júnior e do jornalista Claudio Julio Tognolli, mas, como noticiou o ucho.infona edição de segunda-feira (9), o depoimento do doleiro Antônio de Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, à CPI dos Correios, em 2005, ajuda a compreender o imbróglio das contas bancárias de petistas em paraísos fiscais.

O dinheiro que passou por essas contas e também era trocado em casas de câmbio tinha como origem a cobrança de propinas em cidades administradas pelo PT: Santo André, Campinas, Ribeirão Preto, São Paulo, Recife e Porto Alegre. O volume de recursos ilegais cresceu a partir de 2003 com operações nada ortodoxas nos fundos de pensão vinculados às estatais. A dinheirama sem procedência era esquentada com notas fiscais frias de empresas ligadas aos doleiros.

As notas serviam para as empresas que pagavam propina ao PT justificarem “legalmente” a saída do montante. Sempre arrecadado em espécie, o dinheiro era depositado por Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, em contas bancárias abertas em nome de laranjas, sempre vinculados aos doleiros que participavam do esquema. Na sequência os doleiros providenciavam ordens de pagamento no exterior. Para atender a volúpia bandoleira do grupo, os doleiros criaram um caminho só para a legenda. Duas empresas off-shore – Lisco Overseas e Miro Ltd. – eram usadas para enviar dinheiro para contas numeradas nos bancos JP Morgan e Citibank, em Nova York.

O passo seguinte era transferir o valor da transação para uma conta corrente em nome off-shore Naston Incorporation Ltd., com sede nas Ilhas Virgens Britânicas e que era controlada por dois doleiros: Claramunt (Toninho da Barcelona) e Alberto Youssef, o Beto, que durante anos operou para o xeique do Mensalão do PT, o finado deputado José Janene.

Da Naston, off-shore dos doleiros Claramunt e Youssef, os dólares ilegais do partido moralista seguiam para duas contas numeradas (60.356356086 e 60.356356199) do Trade Link Bank, instituição financeira internacional do agora liquidado Banco Rural no paraíso fiscal das Ilhas Cayman. De acordo com o doleiro Toninho da Barcelona, as duas contas eram gerenciadas por “duas distintas pessoas”: Felipe Belizario Wermusdit, de passaporte francês, e Felipe Belizario Wermus, de passaporte argentino. Ambas são Luis Favre, ex-marido de Marta Suplicy.

A conta operada pelo Belizario francês enviava dólares para o Trade Link Bank, enquanto a gerenciada pelo Belizario argentino enviava dinheiro para a conta Empire State Scorpus, no paraíso fiscal de Luxemburgo. A conta Empire State tinha uma subconta no Panamá, que passava pela offshore OBCH Ltda, cuja administração foi creditada a um cubano naturalizado panamenho de nome Aníbal Contreras, amigo do agora presidiário José Dirceu de Oliveira e Silva. Coincidência ou não, a empresa off-shore controladora do Hotel St. Peter, em Brasília, que ofereceu a José Dirceu um emprego de gerente administrativo com salário mensal de R$ 20 mil, tinha até a última semana um humilde panamenho como presidente.

De acordo com Barcelona, o PT trocava em média US$ 50 mil cada vez. As transações eram realizadas no gabinete do petista Devanir Ribeiro, à época vereador e homem de confiança de Lula. (amigo de Lula dos tempos do ABC, hoje deputado federal e autor da tese do terceiro mandato) e integram outro braço do esquema petista.

O doleiro afirmou que o partido mantinha, em espécie, grande quantidade de dólares, normalmente guardados em malas e cofres, e que eram trocados por reais de acordo com a necessidade. No início de 2002, declarou Barcelona, as trocas de dólares por reais eram esporádicas e aconteciam a cada duas semanas. Na metade do mesmo ano, as torças de dólares alcançaram um ritmo acelerado. Tornaram-se diárias e chegavam a totalizar R$ 500 mil por semana.

Apesar de todo esse emaranhando de provas, que só não empurraram as investigações porque suspeita-se que Barcelona tenha feito um acordo com o PT, a tropa de choque do partido insiste em desqualificar o livro de Tuma e Tognolli, como se não existissem documentos capazes de mandar mais uma dúzia de “companheiros” para atrás das grades.

O PT costuma detonar aliados sem se preocupar com as consequências. Tuma resolveu abrir o baú e revelar o que sabe. A brincadeira está apenas começando e há detalhes não revelados que podem comprometer ainda mais a situação do partido que chegou ao Palácio do Planalto na esteira do discurso da moralidade, da ética e do combate à corrupção. Mas só discurso, como já sabem os brasileiros.

Link para esta matéria: http://ucho.info/?p=77508


10/12/2013 às 18:47 \ Direto ao Ponto
Tuma Junior abre o baú (2): O documento sobre a conta do mensalão nas Ilhas Cayman que o ministro da Justiça não quis investigar


“Eu descobri a conta do mensalão nas Ilhas Cayman mas o governo e a Polícia Federal não quiseram investigar”, afirmou Romeu Tuma Junior, na entrevista a VEJA. “Quando entrei no DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional), encontrei engavetado um pedido de cooperação internacional do governo brasileiro às Ilhas Cayman para apurar a existência de uma conta do José Dirceu no Caribe. Nesse pedido, o governo solicitava informações sobre a conta não para investigar o mensalão, mas para provar que o Dirceu tinha sido vítima de calúnia, porque a VEJA tinha publicado uma lista do Daniel Dantas com contas dos petistas no exterior. O que o governo não esperava é que Cayman respondesse confirmando a possibilidade de existência da conta. Quer dizer: a autoridade de Cayman fala que está disposta a cooperar e aí o governo brasileiro recua? É um absurdo”.

O documento abaixo reproduzido mostra parte da resposta enviada das autoridades das Ilhas Cayman à consulta feita pelo Ministério da Justiça. Se o governo queria efetivamente saber se existiam as contas reveladas por Daniel Dantas, ficou subentendido que havia pelo menos uma: a de José Dirceu. O ministério desistiu de seguir adiante com as investigações.


O LIVRO-BOMBA – Tuma Jr. revela os detalhes do estado policial petista. Partido usa o governo para divulgar dossiês apócrifos e perseguir adversários. Caso dos trens em SP estava na lista. Ele tem documentos e quer falar no Congresso. Mais: diz que Lula foi informante da ditadura, e o contato era seu pai, então chefe do Dops


Romeu Tuma Junior conta como funciona o estado policial petista

O “estado policial petista” não é uma invenção de paranoicos, de antipetistas militantes, de reacionários que babam na gravata dos privilégios e que atuam contra os interesses do povo. Não! O “estado policial petista” reúne as características de todas as máquinas de perseguição e difamação do gênero: o grupo que está no poder se apropria dos aparelhos institucionais de investigação de crimes e de repressão ao malfeito — que, nas democracias, estão submetidos aos limites da lei — e os coloca a seu próprio serviço. A estrutura estatal passa a servir, então, à perseguição dos adversários. Querem um exemplo? Vejam o que se passa com a apuração da eventual formação de cartel na compra de trens para a CPTM e o metrô em São Paulo. A questão não só pode como deve ser investigada, mas não do modo como estão agindo o Cade e a PF, sob o comando de José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça. As sentenças condenatórias estão sendo expedidas por intermédio de vazamentos para a imprensa. Pior: as mesmas empresas investigadas em São Paulo se ocuparam das mesmas práticas na relação com o governo federal. Nesse caso, não há investigação nenhuma. Escrevi a respeito nesta sexta.

Quando se anuncia que o PT criou um estado policial, convenham, não se está a dizer nenhuma novidade. Nunca, no entanto, alguém que conhece por dentro a máquina do governo havia tido a coragem de vir a público para relatar em detalhes como funciona o esquema. Romeu Tuma Junior, filho de Romeu Tuma e secretário nacional de Justiça do governo Lula entre 2007 e 2010, rompe o silêncio e conta tudo no livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado”, publicado pela Editora Topbooks (557 págs., R$ 69.90). O trabalho resulta de um depoimento prestado ao longo de dois anos ao jornalista Cláudio Tognolli. O que vai ali é de assustar. Segundo Tuma Junior, a máquina petista:
1: produz e manda investigar dossiês apócrifos contra adversários políticos;
2: procura proteger os aliados.

O livro tem um teor explosivo sobre o presente e o passado recente do Brasil, mas também sobre uma história um pouco mais antiga. O delegado assegura que o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva — que nunca negou ter uma relação de amizade com Romeu Tuma — foi informante da ditadura. A VEJA desta semana traz uma reportagem sobre o livro e uma entrevista com o ex-secretário nacional da Justiça. Ele estava lá. Ele viu. Ele tem documentos e diz que está disposto a falar a respeito no Congresso. O delegado é explícito: Tarso Genro, então ministro da Justiça, o pressionou a divulgar dados de dossiês apócrifos contra tucanos. Mais: diz que a pressão vinha de todo lado, também da Casa Civil. A titular da pasta era a agora presidente da República, Dilma Rousseff.

Segue um trecho da reportagem de Robson Bonin na VEJA desta semana. Volto depois.
(…)
Durante três anos, o delegado de polícia Romeu Tuma Junior conviveu diariamente com as pressões de comandar essa estrutura, cuja mais delicada tarefa era coordenar as equipes para rastrear e recuperar no exterior dinheiro desviado por políticos e empresários corruptos. Pela natureza de suas atividades, Tuma ouviu confidências e teve contato com alguns dos segredos mais bem guardados do país, mas também experimentou um outro lado do poder — um lado sem escrúpulos, sem lei, no qual o governo é usado para proteger os amigos e triturar aqueles que sio considerados inimigos.
(…)
Segundo o ex-secretário, a máquina de moer reputações seguia um padrão. O Ministério da Justiça recebia um documento apócrifo, um dossiê ou um informe qualquer sobre a existência de conta secreta no exterior em nome do inimigo a ser destruído. A ordem era abrir imediatamente uma investigação oficial. Depois, alguém dava urna dica sobre o caso a um jornalista. A divulgação se encarregava de cumprir o resto da missão. Instado a se explicar, o ministério confirmava que, de fato, a investigação existia, mas dizia que ela era sigilosa e ele não poderia fornecer os detalhes. O investigado”, é claro, negava tudo. Em situações assim, culpados e inocentes sempre agem da mesma forma. 0 estrago, porém, já estará feito.

No livro, o autor apresenta documentos inéditos de alguns casos emblemáticos desse modus operandi que ele reuniu para comprovar a existência de uma “fábrica de dossiês” no coração do Ministério da Justiça. Uma das primeiras vítimas dessa engrenagem foi o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Senador época dos fatos, Perillo entrou na mira do petismo quando revelou a imprensa que tinha avisado Lula da existência do mensalão. 0 autor conta que em 2010 o então ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, entregou em suas mãos um dossiê apócrifo sobre contas no exterior do tucano. As ordens eram expressas: Tuma deveria abrir urna investigação formal. 0 trabalho contra Perillo, revela o autor, havia sido encomendado por Gilberto Carvalho, então chefe de gabinete do presidente Lula. Contrariado, Tuma Junior refutou a “missão” e ainda denunciou o caso ao Senado. Esse ato, diz o livro, foi o primeiro passo do autor para o cadafalso no governo, mas não impediu novas investidas.
(…)

Celso Daniel, trens, mensalão…
Vejam o que vai acima em destaque. Qualquer semelhança com os casos Alstom e Siemens, em São Paulo, não é mera coincidência. O livro traz revelações perturbadoras sobre:
a: o caso do cartel de trens em São Paulo:
b: o dossiê para incriminar Perillo;
c: o dossiê para incriminar Tasso Jereissati (com pressão de Aloizio Mercadante);
d: a armação para manchar a reputação de Ruth Cardozo;
e: o assassinato do petista Celso Daniel, prefeito de Santo André;
f: o grampo no STF (todos os ministros foram grampeados, diz Tuma Junior);
g: a conta do mensalão nas Ilhas Cayman…


E muito mais. Tuma Júnior está com documentos. Tuma Junior quer falar no Congresso. Tuma Junior tem de ser ouvido. Abaixo, seguem trechos de sua entrevista à VEJA.

(…)
Por que Assassinato de Reputações?
Durante todo o tempo em que estive na Secretaria Nacional de Justiça, recebi ordens para produzir e esquentar dossiês contra uma lista inteira de adversários do governo. 0 PT do Lula age assim. Persegue seus inimigos da maneira mais sórdida. Mas sempre me recusei. (…) Havia uma fábrica de dossiês no governo. Sempre refutei essa prática e mandei apurar a origem de todos os dossiês fajutos que chegaram até mim. Por causa disso, virei vítima dessa mesma máquina de difamação. Assassinaram minha reputação. Mas eu sempre digo: não se vira uma página em branco na vida. Meu bem mais valioso é a minha honra.

De onde vinham as ordens para atacar os adversários do PT?
Do Palácio do Planalto, da Casa Civil, do próprio Ministério da Justiça… No livro, conto tudo isso em detalhes, com nomes, datas e documentos. Recebi dossiês de parlamentares, de ministros e assessores petistas que hoje são figuras importantes no atual governo. Conto isso para revelar o motivo de terem me tirado da função, por meio de ataque cerrado a minha reputação, o que foi feito de forma sórdida. Tudo apenas porque não concordei com o modus operandi petista e mandei apurar o que de irregular e ilegal encontrei.
(…)

O Cade era um dos instrumentos da fábrica de dossiês?
Conto isso no livro em detalhes. Desde 2008, o PT queria que eu vazasse os documentos enviados pela Suíça para atingir os tucanos na eleição municipal. O ministro da Justiça, Tarso Genro, me pressionava pessoalmente para deixar isso vazar para a imprensa. Deputados petistas também queriam ver os dados na mídia. Não dei os nomes no livro porque quero ver se eles vão ter coragem de negar.

O senhor é afirmativo quando fala do caso Celso Daniel. Diz que militantes do partido estão envolvidos no crime.
Aquilo foi um crime de encomenda. Não tenho nenhuma dúvida. Os empresários que pagavam propina ao PT em Santo André e não queriam matar, mas assumiram claramente esse risco. Era para ser um sequestro, mas virou homicídio.
(…)

O senhor também diz no livro que descobriu a conta do mensalão no exterior.
Eu descobri a conta do mensalão nas Ilhas Cayman, mas o governo e a Polícia Federal não quiseram investigar. Quando entrei no DRCI, encontrei engavetado um pedido de cooperação internacional do governo brasileiro às Ilhas Cayman para apurar a existência de uma conta do José Dirceu no Caribe. Nesse pedido, o governo solicitava informações sobre a conta não para investigar o mensalão, mas para provar que o Dirceu tinha sido vítima de calúnia, porque a VEJA tinha publicado uma lista do Daniel Dantas com contas dos petistas no exterior. O que o governo não esperava é que Cayman respondesse confirmando a possibilidade de existência da conta. Quer dizer: a autoridade de Cayman fala que está disposta a cooperar e aí o governo brasileiro recua? É um absurdo.
(…)

O senhor afirma no livro que o ex-presidente Lula foi informante da ditadura. É uma acusação muito grave.
Não considero uma acusação. Quero deixar isso bem claro. O que conto no livro é o que vivi no Dops. Eu era investigador subordinado ao meu pai e vivi tudo isso. Eu e o Lula vivemos juntos esse momento. Ninguém me contou. Eu vi o Lula dormir no sofá da sala do meu pai. Presenciei tudo. Conto esses fatos agora até para demonstrar que a confiança que o presidente tinha em mim no governo, quando me nomeou secretário nacional de Justiça, não vinha do nada. Era de muito tempo. 0 Lula era informante do meu pai no Dops (veja o quadro ao lado).

O senhor tem provas disso?
Não excluo a possibilidade de algum relatório do Dops da época registrar informações atribuídas a um certo informante de codinome Barba.
(…)


Encerro
Encerro por ora. É claro que ainda voltarei ao tema. Tuma Junior estava lá dentro. Tuma Junior viu e ouviu. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) quer que o delegado preste depoimento à Câmara sobre o que sabe.

O estado policial petista tem de parar. E parte da imprensa precisa deixar de ser o seu braço operativo.

Por Reinaldo Azevedo



09/12/2013 às 6:23
A “Comissão da Verdade” vai apurar se Lula colaborou com a ditadura? Ou ainda: E agora José Eduardo Cardozo? A denúncia de Tuma Júnior não é nem anônima nem apócrifa. O ministro vai ou não mandar investigar?

Lula é carregado pelos companheiros em 1979: segundo Tuma Junior, o “Barba” era informante de Romeu Tuma

Os petistas e a rede petralha na Internet tentam reagir ao livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado” (Editora Topbooks), que traz o longo depoimento do delegado Romeu Tuma Junior ao jornalista Claudio Tognolli. A ordem que emana da cúpula do partido e chega à Al Qaeda Eletrônica é desmoralizar o denunciante, lembrando que ele foi acusado de envolvimento com a máfia chinesa em São Paulo. Já chego lá. Há duas coisas no livro que incomodam os petistas: uma tem um peso, digamos, moral e pode contribuir para jogar ainda mais luzes nas origens do PT. A outra tem a ver com o presente e revela o modo como o PT entende o exercício do poder.

No livro, Tuma Junior diz ter a convicção de que Luiz Inácio Lula da Silva foi um informante de Romeu Tuma, então chefe do Dops, lá no fim dos anos 1970, quando apenas líder sindical. Não é a primeira vez que a, como vamos chamar?, intimidade de petista com o regime militar é posta em debate. O delegado sugere que a colaboração tenha deixado rastro e dá uma dica: que se procurem as contribuições de um certo “Barba” com os órgãos de repressão. A esta altura, ninguém com um mínimo de honestidade intelectual pode ignorar que parte considerável do establishment militar via com bons olhos a emergência política do tal “sindicalista” porque avaliava — e com razão neste particular — que sua ascensão enfraqueceria os líderes pré-64 que voltaram ao Brasil com a aprovação da Lei da Anistia. Nesse sentido, a escrita se cumpriu. O petismo exilou Leonel Brizola no Rio de Janeiro e Miguel Arraes em Pernambuco. É inegável que Lula cumpriu o desígnio de quebrar as pernas dos antigos líderes populistas, que encontraram um novo Brasil ao voltar ao país.

O Lula “colaboracionista”, pois, é um dado da própria equação. Ainda que seus propósitos fossem os mais, digamos, puros — criar um partido só de trabalhadores —, a verdade inegável é que sua liderança rompia duas pretensões de unidade: a) a unidade da oposição defendida pelo MDB; b) a unidade das esquerdas, que Brizola tinha a ambição de liderar. E aquilo era música para os estrategistas da transição, especialmente o general Golbery do Couto e Silva. Eu era um fedelho, militante da Convergência Socialista, e me lembro bem como a extrema esquerda lia, então, a questão:
a: Lula era considerado um nosso aliado contra a “frente burguesa” que pretendia se apresentar como “falsa alternativa” (era o que achávamos então) ao regime;
b: Lula era considerado um nosso aliado contra a “falsa esquerda”, que considerávamos não marxista (e era mesmo!), que vinha do exílio com pretensões de liderar as massas, o que repudiávamos;
c: Lula era considerado um nosso aliado APENAS ESTRATÉGICO, já que julgávamos que ele não passava de um reformista, com sérios “desvios de direita”, interessado apenas em reformar o capitalismo;
d: a extrema esquerda entendia que fortalecer Lula era importante, para que pudesse ser descartado mais tarde.

Bem, meninos, é desnecessário dizer que Lula jantou os militares, o MDB, Brizola, Arraes e a extrema esquerda… Reproduziu na política a sua carreira no sindicato, conforme demonstrou José Nêumanne Pinto no livro “O que sei de Lula”. Também ali se acercou do poder pelas beiradas, fez acordos com os pragmáticos, tomou o poder e deu um pé no traseiro das velhas lideranças.

Foi além
Tuma Junior, na entrevista concedida à VEJA na edição desta semana e, consta, no livro (ainda não li), sugere muito mais do que uma colaboração mediada pela história. Ele fala é de outra coisa: é de ação coordenada com o regime, combinada mesmo. Cumpre investigar, não como quem procura um crime, mas como quem busca a verdade. Eu já ouvi de um ex-alto executivo da Villares e de um ex-membro do então chamado “Grupo 14”, da Fiesp, que o então grande sindicalista e herói das massas e da imprensa negociava com os patrões até as propostas que seriam recusadas. Fazia parte do show.

Bem, o Brasil tem uma “Comissão da Verdade”, não é mesmo? Que tal chamar o “companheiro” para depor — depois, claro, de uma minuciosa investigação dos arquivos?

De volta ao presente
Se Lula foi ou não uma espécie de dedo-duro a serviço da ditadura é matéria de interesse histórico. A questão pode doer na reputação do petismo, mas não se tem muito além disso. O outro pilar do livro de Tuma Júnior é, sim, muito grave. O delegado diz estar disposto a demonstrar que, na Secretaria Nacional da Justiça, foi instado a dar curso a dossiês fabricados pelo petismo contra seus adversários. E cita uma penca de casos (leia post). Mais: assim como perseguia adversários, protegia o PT ao não dar curso a investigações que poderiam comprometer o partido.


A Al Qaeda eletrônica, a rede petralha, já começou o trabalho de desqualificação do denunciante. Alguns bobinhos enviaram mensagens para cá apontando que eu mesmo publiquei posts sobre a demissão de delegado, por conta da sua suposta ligação com a tal máfia chinesa… Sim, publiquei. E daí? Pra começo de conversa, foi Lula quem decidiu nomear Tuma Junior para a Secretaria Nacional de Justiça. Não fui eu, não foram os opositores do PT, não foram os inimigos do partido. Justamente porque não tenho nenhuma vinculação com o delegado, publico o que penso ser relevante. Antes e agora.

E me parece relevante que alguém escolhido pelo próprio PT para um cargo tão importante venha a público revelar as muitas vezes em que foi instado a desrespeitar a lei para atender a uma demanda política — coisa que ele diz não ter feito. Quer dizer que Tuma Junior é um desclassificado, alguém a ser ignorado, mas era bom o bastante para permanecer três anos à frente da Secretaria Nacional de Justiça?

O fedor do estado policial – Na Câmara, ele disse que manda investigar tudo. E agora? Denúncia, desta vez, tem assinatura

Não há como: alguém com nome e endereço, que esteve na cúpula do Ministério da Justiça, acusa uma ação coordenada de um partido com órgãos do estado para perseguir adversários políticos. Nos depoimentos dados ao Senado e à Câmara, Jose Eduardo Cardozo afirmou que seu papel é encaminhar as denúncias que recebe, mesmo as anônimas, à Polícia Federal. Pois bem: a acusação de agora anônima não é. Tem assinatura. E Tuma Junior já disse que quer falar.

E nesse caso? O que fará o ministro da Justiça? Cumpre lembrar que, na lista dos dossiês que os petistas queriam pôr para circular, está justamente a suposta formação de cartel para a compra de trens em São Paulo. Se papeluchos sem assinatura, supostamente deixados na casa de Cardozo por um deputado do PT, bastam para que a PF passe a fazer uma investigação, como agirá o ministro com acusações que têm assinatura?

Os petistas acham que Tuma Junior não é de confiança? Não é da confiança de quem, cara-pálida? De Lula e da cúpula do Ministério da Justiça, pelo visto, ele era. Tanto que foi nomeado para o cargo de secretário nacional da Justiça. Agora, ele decidiu contar o que diz ter visto, ouvido e vivido. E afirma ter como provar as acusações que faz. O mínimo que se pode esperar é que seja convocado para depor na Câmara. 

Acusando a imprensa de não dar a devida atenção à questão do cartel de trens — é mentira, como se sabe —, afirmou Gilberto Carvalho: “Tirando o (jornal) O Estado de S. Paulo, não se pergunta pelo crime, se recrimina o acusador”. Muito bem: por que a rede petralha não segue o conselho de Carvalho? Ora, pare de ficar recriminando o acusador e passe a se preocupar com os crimes que ele aponta. Tuma Junior, diga-se, mira também no próprio Carvalho, que lhe teria confessado que havia mesmo um esquema de desvio de dinheiro em Santo André, questão que estaria na raiz do assassinato de Celso Daniel. O ministro diz que vai processar o delegado.

Tuma Junior não era só um datilógrafo do Ministério da Justiça que agora diz ter ouvido coisas. Não! Ele ocupava um cargo central na pasta e afirma ser testemunha da forma como atua a máquina petista de moer a reputação dos adversários, seguindo aquela que, há muito tempo, digo ser a máxima do partido: “Aos amigos, tudo, menos a lei; aos inimigos, nada, nem a lei”.

Texto publicado originalmente às 2h13Por Reinaldo Azevedo



09/12/2013 às 15:46
O livro de Romeu Tuma Júnior em comentário na Jovem Pan


Clique aqui para ouvir o comentário de hoje na Jovem Pan sobre o livro do delegado Romeu Tuma Júnior.
Por Reinaldo Azevedo



09/12/2013 às 17:59
Oposição também quer ouvir Gilberto Carvalho sobre livro de Tuma Jr.


Por Marcela Mattos e Gabriel Castro, na VEJA.com:
Além do esforço para levar o ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Junior ao Congresso para dar mais detalhes sobre as afirmações feitas em seu livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado”, a oposição também quer que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, preste depoimento sobre as revelações de um esquema orquestrado para “produzir e esquentar” dossiês contra adversários do governo Lula, conforme revelou VEJA esta semana.

Nesta segunda-feira, o DEM protocolou requerimento convocando Carvalho para comparecer em duas comissões da Câmara dos Deputados: Segurança Pública e Fiscalização Financeira e Controle. A expectativa é que a proposta seja votada na próxima quarta-feira. Se aprovada, por ser uma convocação e não um convite –, o ministro não pode se recusar a prestar esclarecimentos aos parlamentares.

Segundo Tuma Junior narra em seu livro, em 2010, o então chefe de gabinete de Lula encomendou uma investigação contra o ex-senador e atual governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, após o surgimento de um documento apócrifo que afirmava a existência de contas no exterior em nome do tucano. Também esteve na mira da “fábrica de dossiês” petista o então senador Tasso Jereissati (CE).

“A par das medidas particulares que possam ser adotadas pelo ministro, faz-se necessária sua oitiva, vez que estão em jogo denúncias contra órgãos estatais, que estariam prevaricando em investigações a cabo do Ministério da Justiça”, afirmou o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), no requerimento. “Vê-se também que recursos públicos podem ter sido desviados para paraísos fiscais, o que demandaria uma atuação tempestiva dos órgãos estatais, o que, nos parece, não ocorreu”, continuou, referindo-se a uma conta criada nas Ilhas Cayman, no Caribe, para guardar dinheiro desviado no esquema do mensalão.

Senado
Tuma Junior também deve ser ouvido no Senado. Em requerimento apresentado nesta segunda-feira com o convite para audiência na Comissão de Constituição e Justiça, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) cita as revelações de que o Ministério da Justiça foi utilizado para produzir dossiês contra adversários políticos do PT. “São revelações que mostram a apropriação da máquina do Estado por um grupo que a coloca a seu próprio serviço”, diz o senador, no pedido. A expectativa do tucano é de que o requerimento seja votado ainda nesta semana.

Por Reinaldo Azevedo


10/12/2013 às 6:21
O cadáver de Celso Daniel volta a incomodar Gilberto Carvalho


Carvalho: ele repudia a acusação e diz que processará Tuma Jr.

O ministro Gilberto Carvalho diz que vai processar o delegado Romeu Tuma Junior. Isso e lá com ele. Em entrevista à VEJA, Tuma Junior o acusa de ter confessado a existência, sim, de um propinoduto em Santo André — nota: Carvalho era o braço-direito do prefeito. Mais do que isso. O agora ministro teria dito ao delegado que ele, pessoalmente, levava a dinheirama para José Dirceu.

Não é a primeira vez que o nome do petista graúdo aparece na história. O oftalmologista João Francisco Daniel, um dos irmãos de Celso, diz que Carvalho lhe fez, sim, a confissão. E nos mesmos termos. Marcos Valério também afirmou à polícia que foi convidado a dar um cala-boca, com grana, em pessoas que chantageavam Carvalho e Lula, ameaçando contar o que sabiam sobre a morte do prefeito. Segundo disse, não aceitou a tarefa. Acho que é mais uma questão a ser investigada. Já escrevi sobre o estranho comportamento dos petistas quando Celso foi assassinado.

Recuperem o noticiário de janeiro de 2002, por ocasião da morte do prefeito. Antes que qualquer pessoa aventasse publicamente a possibilidade de que o PT pudesse ter tido algum envolvimento, os petistas botaram a boca no trombone e saíram acusando a suposta tentativa de incriminar o partido, exigindo, em tom enérgico, que a polícia fizesse alguma coisa. Montou-se uma verdadeira operação de guerra para controlar o noticiário. No arquivo do blog, vocês encontram alguns textos a respeito. Celso foi o primeiro de uma impressionantesérie de oito cadáveres.

O prefeito morto era já o coordenador do programa de governo do então pré-candidato do PT à Presidência, Lula. O partido seria o primeiro a ter motivos para desconfiar de alguma motivação política para o sequestro e imediato assassinato. Deu-se, no entanto, o contrário: o partido praticamente exigia que a polícia declarasse que tudo não havia passado de crime comum.

Celso Daniel com Lula pouco antes de ser assassinado

O último morto, por causa desconhecida (!), foi o legista Carlos Delmonte Printes, que assegurou que Celso fora barbaramente torturado antes de ser assassinado. Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado do PT que acompanhou o caso em nome do partido e teve acesso ao cadáver, assegurou à família do prefeito, no entanto, que não havia sinais de tortura. O fato é conhecido porque foi denunciado pelos familiares do morto.

Carvalho movimentou-se freneticamente logo depois da morte do “amigo” para que prevalecesse a versão do partido: crime comum. O esforço deixou um rastro de conversas gravadas que vieram a público. Tudo muito impressionante. Leiam, por exemplo, este diálogo em que Sérgio Sombra, acusado de ser um dos assassinos de Celso, entra em pânico e pede para falar com Carvalho. Alguém garante que está sendo montado “um esquema”. Sombra, no diálogo abaixo, é o “personagem A”.
A – Ô Dias!
B – Oi chefe!
A – Onde é que você está cara?
B – Tô na avenida (…). Eu tô saindo, to indo praí.
A – (…) Fala prá ligá nesse instante (…) Pará de fazer o que está fazendo.
B – Peraí, Peraí, Perai. Ei! Oi! Escuta o (…) Já está aí onde está todo mundo (…) Alô!
A – Ô meu irmão!
B – Cara cê está no sétimo?
A – Ô meu! O cara da Rede TV está me escrachando, meu chapa! Tá falando que… Tá falando que é tudo mentira, que o carro tá pegando, que não destrava a porta, que sou o principal suspeito.
B – Ô cara! Deixa eu te falar. O que hoje tá pegando contra você é esse negócio do carro. Nós temos que fazer é armar um esquema aí: “porque as empresas de (…) junto com a Mitsubishi, por razões óbvias de mercado, se juntaram para dizer que você está mentindo, que o câmbio está funcionando”…Entendeu? Então é o seguinte…
A – Peraí. Perai, péra um pouquinho.
B – (…) Pô! Pegá o que Porra?
A – Chama o Gilberto aí! Chama o Gilberto! Tem que armar alguma coisa!
B – Calma!
A- Eu tô calmo. Quero é que as coisas sejam resolvidas.

Outro diálogo: “Puta! Tá dez!”
Há outro diálogo bastante interessante. Alguém liga para Ivone, tornada pelo partido a “viúva oficial” de Celso — consta que era sua “namorada” à época… E lhe dá nota dez por sua performance como “viúva” numa entrevista. Vocês entenderam direito. Leiam. Ivone é a personagem B.
A – Oi!
B – Oi meu amor. O Xande quer falar com você. Tá bom?
A – Ok.
B – Tchau.
C – Como vai minha querida?
B – Vou assim. Arrastando.
C – Ótima a sua entrevista! Viu?
B – Você gostou Xande?
C – Eu gostei muito mesmo.
B – É importante a sua opinião pra mim porque estou totalmente sem referência. Né?
C – Eu achei muita boa. Entendeu. Tá super. Tem coisas… tá perfeito!
(…)
B – Hoje tem uma coisa. Programa pra ir na Hebe.
A – É. Porque vai a mulher… a viúva do Toninho.
B – Sabe que o Genoino quer. E é uma merda, né? Uma merda!
A – Olha. Se você falar o que falou ai está 10. Puta! Tá 10, não parece estrela, a dor de uma viúva. Tá dez!

Como se nota, a morte do “companheiro” havia se transformado apenas numa questão de marketing e de guerra para ganhar a “mídia”. Com direito a nota pela performance da, sei lá como chamar, “atriz” talvez.

João Francisco: Carvalho lhe teria contado tudo


Bruno: até irmão de esquerda teve de sumir

Retomo
Já lhes contei aqui. Mesmo a ala petista da família Daniel rompeu com o PT. Um dos irmãos, Bruno, teve de se exilar na França com mulher e filhos. Estavam sendo ameaçados de morte no Brasil. Vale a pena, reitero, por curiosidade quase científica, voltar ao noticiário daqueles dias para constatar a frenética movimentação preventiva do partido, certo de que poderia conduzir para onde quisesse a opinião pública. Passada uma semana, quem estava na defensiva era a polícia paulista… Agora, a acusação de Tuma Junior se junta às de João Francisco e Marcos Valério.

Uma coisa é certa: o cadáver de Celso Daniel volta a se agitar no armário.

PS – Por favor, nada de acusações ou ilações além dos fatos nos comentários. O certo é pedir que tudo seja devidamente apurado. E pronto!

Texto publicado originalmente às 3h09Por Reinaldo Azevedo



10/12/2013 às 6:23
Tuma Jr. nasceu em 1960, não em 1963, e já era policial em 1980, ano em que Lula foi preso; em foto, ele aparece escoltando o petista no Dops. Ou: Quanto ao denunciante, vamos aos fatos. Só aos fatos


Comecei a receber uma enxurrada de comentários — não de comentaristas; já explico — cobrando-me por tudo o que já publiquei neste blog sobre o delegado Romeu Tuma Junior. Os preclaros estariam apontando a minha suposta incoerência. Ai, ai… Só sou imodesto numa coisa: tenho a melhor memória que conheço. Sei muito bem o que publiquei. E até farei um pequeno mea-culpa, mas não aquele que os petralhas esperam. Ah, sim: por que é “enxurrada de comentários, não de comentaristas”? Porque chegam grupos de 10, 15, 20 postagens com o mesmo IP. Vale dizer: é a mesma meia dúzia de petralhas assumindo identidades diferentes: ora entram como asnos, ora como zebras, ora como antas… Que coisa chata! Não façam isso! O procedimento funciona naqueles blogs financiados por estatais. Aqui não! Há mecanismos para identificar picaretagem. Mas isso tudo é o de menos. Atenção para os fatos:

1 – Tuma Junior não nasceu no dia 4 de outubro de 1963, como informa a Wikipedia, mas no dia 13 de agosto de 1960. Assim, em 1980, quando Lula foi preso, ele tinha 20 anos. Quem nasceu em 4 de outubro foi seu pai, Romeu Tuma;
2 – assim, em 1980, quando Lula foi preso, Tuma Junior tinha 20 anos e estava na Polícia havia dois. Ele prestou o concurso para investigador IP1/78 (o “78” é o ano);
3 – acalmem-se os mais ansiosos: quando o livro chegar às mãos dos leitores, há lá uma foto de Tuma Junior escoltando Lula no Dops.
4 – Tuma Junior se aposentou na Polícia neste ano, com 35 anos de serviço: 2013 – 35 = 1978.

Por que isso ganhou relevância? O delegado — que escreveu o livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado” — diz que Lula foi, na verdade, um informante de seu pai, Romeu Tuma, então chefe do Dops. Estão alegando por aí que ele não teria como saber disso porque, supostamente nascido em 1963, não teria nem feito 17 anos à época e não poderia estar na Polícia. Bem, em primeiro lugar, convenham, dá para saber muita coisa com essa idade e mesmo fora do aparelho policial. Ocorre que Tuma Junior tinha 20 e já havia prestado concurso e sido aprovado. Pois é…

Antes mesmo que se conheçam mais detalhes do livro, começou o trabalho de desqualificação do denunciante, uma prática que o ministro Gilberto Carvalho diz ser muito feia. Feíssima. Segundo ele, é preciso que se preste atenção ao que está sendo denunciado. Como Carvalho diz ser essa uma regra válida para os adversários do PT, suponho que também valha para o petismo.

Sim, noticiei algumas coisas sobre Tuma Junior no clipping e escrevi textos. Como sabe o delegado, eu não ganhava nada nem antes nem agora. Costumo ter o mau hábito de tratar aqui do que é notícia. É claro que a “ética” dos que estão a serviço do petralhismo é outra: antes, quando não recebiam de estatais, eram todos inimigos do partido; agora, viraram lulo-petistas fanáticos.

Essa gritaria é só cortina de fumaça pata tentar impedir a apuração das denúncias. Quanto a Tuma Junior, cabe-me, sim, um mea-culpa — mas não só a mim. Talvez fosse conveniente que a totalidade da imprensa o fizesse no caso. Por quê? Prestem atenção:

FATO UM – A Comissão de Ética Pública da Presidência da República concluiu que nada havia contra ele (veja documento);

FATO DOIS – A sindicância feita pelo Ministério da Justiça concluiu que nada havia contra ele (veja documento);

FATO TRÊS – Inquéritos da PF — houve mais de um pelo mesmo fato — foram arquivados sem resultar em indiciamento. E olhem que ele já era um maldito;

FATO QUATRO – O Ministério Público nunca ofereceu denúncia sobre nada;

FATO CINCO – Uma acusação de improbidade administrativa por conta de uma apreensão de dólares no aeroporto de Cumbica foi arquivada pelo Ministério Público por falta de evidência de que se tivesse cometido algum crime.

Qual é o mea-culpa? Eu explico. Nem eu e, até onde sei, quase ninguém (e escrevo o “quase” para a hipótese de que alguém o tenha feito) noticiamos os FATOS — apenas fatos — que eram favoráveis a ele. Vejam aqui o que diz a Comissão de Ética Pública.


Agora vejam o resultado da sindicância do Ministério da Justiça.


Estão querendo debater lateralidades. A questão central é outra. Tuma Junior está denunciando uma máquina incrustada no aparelho estatal para produzir dossiês contra adversários políticos. O ministro José Eduardo Cardozo não tem saída. Tão logo compre o seu exemplar na livraria, está obrigado a enviar o material para a Polícia Federal e cobrar: “Investigue-se tudo!”. Se ele faz isso com denúncia anônima, por que não o faria com aquela que vem com assinatura? Mais: Tuma Junior aceita falar às instâncias pertinentes do Congresso.

Por que o pânico?

Parece haver certo pânico no petismo com essa história. Que o partido sempre recorreu a práticas policialescas para perseguir adversários, convenham, não é novidade. Quem não se lembra do dossiê dos aloprados, por exemplo? Ocorre que Tuma Junior acusa em seu livro algo bem mais grave: trata-se da mobilização da máquina do estado para perseguir adversários, que é rigorosamente o que se faz nos chamados estados bolivarianos: criminaliza-se a divergência para que a perseguição política passe como um caso de polícia.

Finalmente:
1: não fui eu quem nomeou Tuma Junior secretário nacional de Justiça; foi Lula!
2: não fui eu quem disse que ele nada devia quanto à questão ética: foi a comissão do governo… Lula!
3: não fui eu quem atestou a sua idoneidade, mas o Ministério da Justiça do governo… Lula!

O que estão a sugerir os paus-mandados no petismo, financiados por estatais? Que não se deve confiar em Lula, na Comissão de Ética de Lula e no Ministério da Justiça de Lula?
Texto publicado originalmente às 2h04

Por Reinaldo Azevedo

8 comentários:

  1. Parabéns pelas revelações. Infelizmente para nós, cidadãos honestos, , me parece que é só a ponta do Iceberg. Existem mais sujeiras em torno dessa turma. Também soube dos conchavos do sindicato e seu presidente à época, com os empresários interessados em trocar (demitir) de seus quadros, os trabalhadores grevistas. Era permitido por lei naquele tempo a demissão após um certo período de greve sem acordo. Tempo esse que era combinado com antecedência, e com gordas quantias para os sindicalistas (elle mesmo).

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  2. Será que dessa vez a máquina conseguirá abafar de novo toda essa lama?

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    1. SÓ DEPENDE DE NÓS! SE O GIGANTE NÃO ADORMECER, ACHO QUE NÃO!

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  3. Desde sábado passado, quando explodiu a bombástica reportagem sobre o livro de Tuma Jr., a grande imprensa se faz de morta e não tocou no assunto até agora. NEM UMA PALAVRA SOBRE A DOLCE VITA DE ALCAGUETE DO NOVE DEDOS!

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    1. NÓS SOMOS A VERDADEIRA E GRANDE IMPRENSA DESTE PAÍS!

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    2. A grande imprensa tem medo de acontecer o mesmo que "Clárin" de B. Aires. A máquina é forte....

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  4. Quero pode comentar no facebook sobre as postagens da página, muitos de meus amigos gostam das postagens e dos debates, fui bloqueado e não posso mais curtir ou comentar nada.

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  5. ele ja ate tirou a barba pra disfarçar...... jejejejejejej

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DESABAFOU? RIU? BRINCOU? SE COMOVEU? CHOROU? NÃO GOSTOU?
DE QUALQUER FORMA EU TENTEI! TÔ VENDO TUDO ESTÁ FAZENDO SUA PARTE! MAS SE GOSTOU OU NÃO, FAÇA SUA PARTE, COMENTANDO !

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