‘Fala muito, cala muito’, por Carlos Brickmann
PUBLICADO NA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN
O ministro Joaquim Barbosa disse uma série de verdades sobre a vida política brasileira: que o Congresso é ineficiente, incapaz de deliberar, dominado pelo Executivo; que os partidos políticos “são de mentirinha”, sem identificação com os eleitores, sem consistência ideológica e programática. Tudo certo – menos um ministro do Supremo, que deveria falar nos autos, proclamar sua opinião sobre tudo numa palestra para estudantes do Instituto Superior de Direito, em Brasília. E sua desculpa, de que não falou como ministro, mas como “acadêmico e universitário”, é difícil de engolir: o cargo no Supremo não se despe junto com a toga.
Mas o pior não é o que Joaquim Barbosa falou (e que, vamos repetir, é verdade); o pior é o que ele preferiu calar. Não quis falar sobre a reportagem de O Estado de S.Paulo sobre gastos do Supremo com viagens de primeira classe para parentes de ministros. Nem sobre convites para que jornalistas acompanhem ministros ao Exterior e publiquem matérias sobre suas atividades. Nem sobre pagamento de viagens em períodos de recesso, ou para ministros em licença médica – como o próprio Barbosa, licenciado para tratamento de saúde, que viajou 19 vezes para Fortaleza, Rio, Salvador e São Paulo.
São gastos legais – passagens de primeira classe para parentes são pagas pelo Supremo quando sua presença na viagem for indispensável para o evento. Mas quando é indispensável essa presença, e por conta do contribuinte?
Boa pergunta. Mas Joaquim Barbosa disse, e com dureza, que não queria falar sobre o assunto.
Ah, que comentário mais descabido esse nesse momento que devemos estar todos unidos,focados e munidos com a artilharia pesada contra a aprovação da PEC 37, contra os seis mil médicos cubanos, a Comissão da Verdade, a censura à Imprensa, os condenados do Mensalão até agora livres, leves e soltos, enfim, bem vigilantes com a DITADURA que se avizinha a passos firmes e largos... avançando...avançando...
ResponderExcluirO MInistro Joaquim Barbosa é o único cisne entre os urubus que sobrevoam o lixão imoral que o governo petista transformou o nosso país.
O momento brasileiro apresenta um jogo, onde de um lado tem uma meia dúzia de políticos, Joaquim Barbosa, Gurgel e alguns brasileiros esclarecidos politicamente, do outro lado tem os três poderes, os que mamam nesta teta, a maioria da imprensa, atores, cantores, compositores, ex jogadores, pseudo intelectuais, todos aproveitando a vazante da maré, e mais 36 milhões de bolsas famílias, que representa mais de 60% de votos que elegeu Dilma. Neste jogo não existe muro, ou você joga num time ou no outro.
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