Senado
Suplente foi o que mais gastou da bancada do PR
Apesar de ter assumido o cargo somente em junho, depois que a titular, Gleisi Hoffmann, foi nomeada ministra chefe da Casa Civil, o senador e suplente da petista, Sérgio Souza (PMDB), foi o paranaense que mais utilizou a chamada verba de ressarcimento a que cada parlamentar tem direito no Senado federal. Segundo levantamento do jornal O Globo divulgado ontem, Souza gastou R$ 134 mil, ficando na 56ª posição do ranking dos 81 senadores.
O senador Roberto Requião (PMDB), gastou R$ 133 mil desde a posse, em fevereiro, ficano na 57ª posição. E Alvaro Dias (PSDB) despendeu R$ 49 mil, ficando em 69ª. Em nota divulgada por sua assessoria, Souza afirmou que os gastos foram feitos dentro das normas da Casa, e declarados no portal da transparência do Senado.
Ao todo, os senadores gastaram um total de R$ 16,4 milhões com o chamado “cotão”, para gastos com assessoria, passagens aéreas, hospedagem, alimentação, consultorias e divulgação do trabalho. Cada senador tem direito a uma verba de R$ 18,4 mil, além dos R$ 26,7 mil de salário. Segundo o levantamento, com base em dados oficiais do Senado, entre os 81 senadores, apenas cinco gastaram 10% do total disponibilizado e quatro não usaram o dinheiro.
Os campeões de gastos ano passado foram Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Ciro Nogueira (PP-PI), Sérgio Petecão (PSD-AC) Fernando Collor (PTB-AL) e Paulo Paim (PT-RS). A maior média mensal de gastos é do ex-suplente Geovani Borges (PMDB-AP). Em oito meses no cargo somou uma despesa de R$ 315 mil, média de R$ 39,4 mil por mês.
Em junho do ano passado, a cota dos senadores foi regulamentada incorporando a chamada verba indenizatória destinada ao custeio do mandato parlamentar, no valor de R$ 15 mil , à verba de transporte aéreo, que varia de R$ 6 mil a R$ 23 mil de acordo com o estado de origem. As duas compõem, agora, uma única dotação. A mudança foi motivada por denúncias de irregularidades na emissão de passagens aéreas.
Vanessa Grazziotin gastou ao todo R$ 403 mil, ou R$ 36,6 mil por mês. Alfredo Nascimento (PR), que retornou à Casa após deixar o Ministério dos Transportes por conta de denúncias envolvendo a Pasta, registou uma despesa mensal de R$ 11,8 mil.
A maior parte do dinheiro da cota de Grazziotin foi usada para pagar hospedagens em deslocamentos dela e de assessores e em divulgação da atividade parlamentar. “Talvez eu tenha tido um gasto maior por ser o primeiro ano de mandato. A tendência é fazer um esforço maior para segurar os gastos. Alguns senadores podem ter melhores condições, mas o uso da verba é a única forma que se dispõe para o trabalho parlamentar. Um equívoco é usar para outras coisas”, alegou a senadora.
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