Dilma manda apurar omissão de socorro após morte de secretário ( e para o povo que morre diariamente a senhora não vai mandar apurar nada? )
A presidente Dilma Rousseff cobrou, nesta sexta-feira, "providências exemplares" do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em relação a morte do secretário de Recursos Humanos do ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira. A suspeita é de que ele tenha tido o atendimento médico negado em dois hospitais de Brasília - Santa Lúcia e Santa Luzia - antes de morrer.
O Hospital Santa Luzia negou que Duvanier Paiva tenha dado entrada no pronto-socorro da unidade. Duvanier morreu, na madrugada desta quinta-feira, vítima de um infarto agudo no miocárdio. Segundo reportagem do jornal Correio Braziliense, o atendimento ao secretário teria sido negado porque o hospital não atende o convênio médico de Duvanier.
De acordo com nota do hospital, assinada pela diretora técnico-assistencial Marisa Makiyama, o Santa Luzia iniciou um levantamento para verificar o fato e "não constatou a entrada de Duvanier Paiva no Pronto Atendimento na madrugada de quinta-feira. Para tanto, foram checadas as imagens do circuito interno de TV, bem como os registros telefônicos e feitos contatos com funcionários que estavam de plantão".
Nesta manhã, o ministro Padilha acionou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável por fiscalizar planos de saúde.
Segundo o diretor jurídico do Hospital Santa Lúcia, Gustavo Marinho, um familiar teria apenas perguntado se o convênio Geap era aceito pelo hospital. "Não houve negativa de atendimento, porque não houve solicitação de atendimento", disse. Segundo Marinho, caso Duvanier tivesse chegado em situação de emergência e fosse pedido atendimento, a parte burocrática seria solucionada posteriormente ao atendimento.
Ainda de acordo com o Correio Braziliense, Duvanier também teve atendimento negado no Hospital Santa Lúcia, que fica a poucos metros do Santa Luzia. Em ambos os casos, as unidades de emergência teriam solicitado uma caução para que Duvanier fosse atendido, mas o secretário não portava seu talão de cheques no momento.
Duvanier morreu no Hospital Planalto. Desde 2003, uma resolução da Agência de Saúde Suplementar (ANS) proíbe a cobrança de qualquer valor ou garantia antes ou durante a prestação do serviço médico.
Nota de pesar
Nessa quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff divulgou uma nota de pesar pela morte de Duvanier Paiva, que era o responsável pela negociação salarial entre os servidores federais. "Sua inteligência, dedicação e capacidade de trabalho farão muita falta à nossa administração. Consternada com a notícia de sua perda, envio meu abraço solidário a seus amigos, familiares e colegas de trabalho", disse a presidente.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, também prestou solidariedade à família, amigos e colegas de Duvanier. "Defensor incansável da democratização nas relações de trabalho, promotor do diálogo e profissional dedicado, Duvanier foi um brasileiro que lutou ao longo da vida pela consolidação da democracia no Brasil", disse.
O velório foi realizado ainda ontem no cemitério Campo da Esperança, em Brasília. O corpo será sepultado em São Paulo, no Cemitério Congonhas, na tarde desta sexta-feira. Duvanier era paulista e completaria 57 anos no próximo dia 6 de fevereiro. O secretário era casado e deixa quatro filhos
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DESABAFOU? RIU? BRINCOU? SE COMOVEU? CHOROU? NÃO GOSTOU?
DE QUALQUER FORMA EU TENTEI! TÔ VENDO TUDO ESTÁ FAZENDO SUA PARTE! MAS SE GOSTOU OU NÃO, FAÇA SUA PARTE, COMENTANDO !