Ministro da Educação é intimado a explicar contratação de empresa suspeita
Contrato de R$ 6,4 milhões do pré-candidato do PT à prefeitura de SP foi fechado com empresa de dupla sertaneja; cantores negam recebimento do dinheiro
O Senado aprovou na terça-feira (20) pedido para que o ministro da Educação, Fernando Haddad, justifique por escrito a contratação de suposta empresa de fachada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
A empresa, Jeta Soluções em Serviços em Tecnologia da Informação Ltda., pertence a uma dupla sertaneja e segundo reportagem do jornal Correio Braziliense, de 3 de novembro passado, fechou contrato de R$ 6,4 milhões com o Inep para prestar serviços de segurança da informação.
Um dos sócios da empresa, o produtor musical José Francisco Alves de Souza, conhecido como Chico Terra, disse desconhecer o recebimento de tal quantia pela empresa. O outro sócio da Jeta é o cantor Gilvânio Santos Viana Filho.
Chico Terra afirmou ao jornal que o verdadeiro proprietário da Jeta é André Luis Sousa, que seria o nome por trás de duas empresas fantasmas contratadas pelo Inep, que é ligado ao Ministério da Educação.
Pela convocação da Mesa Diretora do Senado, Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, terá 30 dias para esclarecer a contratação da Jeta no processo de licitação para prestação de serviços de segurança da informação.
Outras Polêmicas
Esta não é a única polêmica envolvendo Haddad. A última foi sua insistência em passar por cima de uma ordem da presidente Dilma Rousseff, que já tinha mandado interromper a distribuição do chamado “kit gay” nas escolas públicas, porque considerou o material ofensivo e inadequado.
Tratam-se de vídeos abordando o tema homossexualidade. A revelação foi feita em um seminário que aconteceu nesta semana na Câmara dos Deputados.
Segundo Fábio Meirelles de Castro, coordenador geral de Direitos Humanos do MEC, “esses programas contêm em seus editais públicos orientações e diretrizes para a inclusão da temática de gênero, identidade de gênero e orientação sexual”.
A polêmica começou no início do ano, quando o MEC anunciou que iria distribuir o kit gay para 6.000 escolas de ensino fundamental e médio. Vídeos e cartilhas levavam para dentro de sala de aula temas polêmicos como homossexualidade e bissexualidade
Um dos vídeos tratava de duas meninas que eram rejeitadas pelos colegas da escola e, para tentar combater o preconceito, decidiram assumir o namoro. Inicialmente, o vídeo mostrava um beijo na boca, mas a cena foi cortada.
Em outro vídeo, José Ricardo é transexual e luta para ser reconhecido como Bianca. Em outra produção, Leonardo se apaixona por um amigo e em seguida também percebe que gosta de uma menina.
A proposta apareceu em meio à maior crise atravessada pelo Ministério da Educação e igualmente junto ao anúncio da candidatura de Haddad à Prefeitura de São Paulo. Polêmicas não faltam na trajetória do político.
No mais recente Enem, foi descoberto que 14 questões do exame, que mobilizou os estudantes do país nos dias 22 e 23 de outubro, já haviam sido aplicadas num simulado realizado pelo colégio Christus de Fortaleza duas semanas antes. Depois de muitos protestos e discussões, as questões foram canceladas para os alunos do colégio cearense.
O episódio lembrou outro, ainda mais grave, quando em 2009, a prova foi anulada depois de ter sido roubada. As questões foram roubadas de uma gráfica e os ladrões tentaram vendê-las para a imprensa antes da realização da prova.
A descoberta da fraude levou ao cancelamento do Enem. A prova foi totalmente refeita e remarcada, o que teria causado um prejuízo de R$ 46 milhões aos cofres públicos.
Na ocasião, o então presidente do Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais), Reynaldo Fernandes, deixou o cargo. A marcação da segunda prova levou os estudantes a protestarem nas ruas contra a confusão - as novas datas coincidiam com alguns vestibulares - e a abstenção chegou a 1,5 milhão de inscritos.
Ainda este ano, o ministro se viu mais uma vez no centro da polêmica como alvo por causa de um livro didático distribuído pelo governo em mais de 4.000 escolas com erros intencionais de concordância, para aproximar os alunos da língua popular.
Entre os erros gramaticais e incorreções, frases como “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe”. O ministro defendeu a publicação e reagiu contra seus críticos.
Oi Menezes.
ResponderExcluirSempre passo por aqui para ler suas postagens,são todas muito interessantes e informativas.Hoje tomei a liberdade de copiar e colar sua postagem no meu blog.Onde deixei um convite para meus visitantes para que visitem seu blog.
Feliz Natal
Abraços