Base toma a primeira medida para blindar Pimentel; mais um ministro já depende da boa-vontade de estranhos
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara rejeitou, nesta quarta, por 13 votos a 5, a convocação do ministro Fernando Pimentel para que explicasse as “consultorias” prestadas por sua empresa, a “P-21″. “Querem discutir a vida pregressa de um ministro que não ocupava cargo público. Isso aqui vai virar o que a gente não quer que vire: vamos fazer pequenas CPIs de questões municipais e estaduais não relacionadas com a União”, afirmou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Pronto! Já há mais um ministro do governo Dilma dependendo da boa-vontade de estranhos — ou nem tão estranhos, né? São os peemedebistas. Mas isso sempre tem um preço.
Huuummm… Como demonstro no texto que publiquei de manhã, o mesmo se poderia dizer de Antonio Palocci, com a diferença, contra Pimentel, de que seus clientes tinham interesse direto na Prefeitura de Belo Horizonte, de onde ele acabara de sair e onde mantinha aliados, verdadeiros subordinados políticos.
“Eles são amigos de longa data, por isso mesmo não pode pairar sobre ele nenhuma suspensão. Não há como separar sua vida pública da privada. As duas caminham juntas”, afirmou Duarte Nogueira (SP), líder do PSDB na Câmara, referindo-se à relação de Pimentel com sua chefe, a presidente Dilma Rousseff. Foi ele o autor do requerimento.
A comissão também rejeitou a convocação do ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) para explicar a paralisação das obras do São Francisco.
Por Reinaldo Azevedo
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