]Pesquisa mostra que 41% dos brasileiros acham que pobreza no país diminuiu
Percepção é maior no Nordeste e no Norte e entre pessoas de renda mais alta
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (21) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que 41,4% da população acredita que a pobreza diminuiu no país nos últimos cinco anos.
Apesar disso, ela continua a ser apontada como um dos principais problemas do Brasil: 6,1% dos entrevistados apontaram a pobreza como a mais grave questão para o país.
Segundo o Ipea, que ouviu 3.796 pessoas para identificar as percepções da população sobre bens e serviços em diversas áreas, 28,1% disseram que não perceberam mudanças em relação ao pobreza nos últimos anos. Para 29,7%, ela piorou.
O número de pessoas que acredita que a pobreza diminuiu é maior no Nordeste (48,5%) e no Norte (46,7%), e também entre pessoas que têm renda maior. Entre os brasileiros que ganham entre três e cinco salários mínimos, a percepção de que a pobreza diminuiu é mais forte (52,7%). Para quem ganha até um salário mínimo, o percentual varia entre 35% e 43%.
O desemprego é o principal causa da pobreza para 29,4% da população, seguida de educação sem qualidade e acesso ao ensino (18,4%) e corrupção (16,8%).
Os motivos dos índices de pobreza também variam com a renda, segundo o estudo do Ipea. Os mais ricos atribuem o problema mais à educação e à corrupção, enquanto os mais pobres relacionam o problema à oferta de emprego.
Embota tenham opiniões diferentes sobre o principal motivo da pobreza, ricos e pobres concordam que o problema é estrutural e está pouco relacionado a questões individuais como interesse e preguiça, por exemplo.
No mesmo sentido, 70,8% dos entrevistados admitiram que o trabalho remunerado, isoladamente, não resolve o problema da pobreza se o salário for muito baixo.
Renda ideal
O Ipea também perguntou aos brasileiros qual seria a renda ideal para que uma pessoa não seja considerada pobre. O resultado foi R$ 2.090 para uma família de quatro membros - ou seja, R$ 523 para cada membro dessa família. O valor é bem próximo ao do atual salário mínimo: R$ 545.
O corte usado pelo governo federal em seus programas sociais é de R$ 140 para cada pessoa, no caso do Bolsa Família, e de 70% per capita no Brasil sem Miséria.
Como deixar a pobreza
Ricos e pobres também têm percepções distintas sobre os meios que permitem a uma pessoa superar a condição de pobreza.
Entre os mais ricos, 30,7% mencionaram a educação e 18,4% se referiram à oferta de emprego. Já entre mais pobres, 46,8% citaram a oferta de emprego e 16,2% lembraram a educação.
Quando se fala em questões relacionadas ao emprego, o brasileiro cita ações como o aumento do salário mínimo, estimular empresas a contratarem pessoas pobres, apoiar pequenos agricultores e pequenos negócios.
No caso da educação, as principais sugestões estão relacionadas aos cursos profissionalizantes, bolsas de estudos para estudantes e aumentar as vagas de cursos técnicos.
Problemas do país
O Ipea elaborou também um ranking com a percepção sobre os principais problemas do país. Em primeiro lugar aparecem violência e insegurança, citadas por 23% dos entrevistados.
Em seguida vêm saúde (22,3%), corrupção (13,7%), desemprego (12,4%), educação (8%), pobreza e fome (6,1%), drogas (6,1%) e desigualdade (5,8%).
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