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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

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02/12/2010 - 14:32

Pesquisa

Nove entre dez brasileiros temem a criminalidade

Pesquisa realizada pelo Ipea mostra que os maiores medos são de assassinato e assalto à mão armada

Adriana Caitano
O levantamento foi feito presencialmente com 2.770 pessoas de todo o país que responderam a um questionário sobre sensação de insegurança e confiança na polícia
Durante as últimas duas semanas, os brasileiros acompanharam ao vivo as cenas de terror no Rio de Janeiro – e a tentativa de combatê-lo. Numa época em que crimes são televisionados, a sensação de poder ser a próxima vítima assusta ainda mais a população. Pesquisa realizada em maio e divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) confirma: nove em cada dez brasileiros têm medo de serem assassinados, assaltados à mão armada ou terem a casa arrombada.


O levantamento foi feito presencialmente com 2.770 pessoas de todo o país que responderam a um questionário sobre sensação de insegurança e confiança na polícia. Entre os crimes citados, o homicídio é o que mais amedronta – 90,4% disseram ter pouco ou muito medo da morte violenta. Em segundo lugar, ficou o assalto à mão armada, que também representa risco à integridade física. A porcentagem total é a mesma dos assassinatos – 90,4% - mas o número de pessoas que têm muito medo é menor.
De acordo com a psicanalista e coordenadora da clínica da violência da Pontifica Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Júnia de Vilhena, a cultura do medo prevalece na sociedade moderna. “Temos medo de tudo, de pegar doença, da comida que comemos, da roupa que vestimos. Há toda uma regulação em cima do nosso corpo”, analisa.
Para a professora, além dos índices reais de criminalidade, essa sensação é causada pela maior divulgação dos casos. “Antigamente havia muita gente com claustrofobia – o medo de lugares fechados. Agora, cada vez mais, as pessoas têm ágorafobia – o medo de espaços abertos. Elas vivem em condomínios fechados, cercadas, preferem ambientes como os shoppings, que transmitem a ilusão da segurança, sem as coisas consideradas desagradáveis da cidade.”


Quem tem mais medo? - A pesquisa dividiu os entrevistados por região em que moram, sexo, escolaridade, idade e exposição que já teve com a criminalidade. Com isso, foi possível delimitar o perfil de quem se sente mais inseguro: moradores do Nordeste, mulheres, pessoas mais velhas, viúvos e casados e, curiosamente, quem não foi vítima de crime nos 12 meses anteriores à pesquisa.
A contadora Vera Lúcia Cóser, 52 anos, se enquadra em parte desse perfil e contraria outra. Moradora de Porto Alegre (RS), casada e mãe de dois filhos, ela já sofreu três assaltos à mão armada – dois em menos de um mês – e diz ter muito medo de qualquer tipo de crime. “Aqui não há um lugar que seja mais seguro, as pessoas não saem mais tranquilas à noite, acontece de tudo, até cachorros são roubados”, relata. De acordo com a pesquisa do Ipea, apesar de ser alto, o índice de pessoas do Sul que temem sofrer um assalto – 61,3% dos entrevistados – é menor do que o verificado no restante do país.
O Nordeste foi a região em que mais pessoas demonstraram medo de serem assassinadas – 85,8% de quem respondeu à pesquisa – e assaltadas à mão armada – 80,8%. A estudante Rita de Cássia Paulino Bessa, 21 anos e moradora de Natal (RN), se enquadra nesse grupo. “Sinto-me uma vítima em potencial para qualquer assaltante, por ser pequena e magra e não oferecer tanta resistência como um homem, por exemplo”, afirma.
Rita já foi assaltada uma vez e conta que antes disso se sentia segura. “Agora passei a prestar mais atenção se tem alguém estranho por perto, fico ressabiada. Na primeira vez levaram só a minha bolsa, mas, se acontecer de novo, pode ser que a pessoa não se contente com isso”, incomoda-se a estudante. Ela faz parte dos 40% dos jovens entre 18 e 24 anos de todo o país que temem sofrer algum tipo de agressão física. Esse medo afeta 51,4% dos que têm entre 45 e 54 anos e 57% dos maiores de 55 anos.
Vera Lúcia, do Rio Grande do Sul, reconhece que seu receio ficou mais forte com a idade. “Quando somos jovens, achamos que nada vai nos acontecer, não deixamos de fazer nada por medo. À medida que amadurecemos, porém, passamos a perceber os perigos que existem e isso se potencializa quando temos filhos”, comenta.
Reincidência - Tanto Rita quanto Vera contrariam outro dado do levantamento do Ipea – o de que pessoas que foram vítimas de criminosos recentemente têm menos medo de que a situação se repita. A pesquisa indica que 66,3% dos entrevistados que passaram por isso nos últimos doze meses disseram ter muito medo de sofrerem um assassinato, contra 80,1% dos que não foram vítimas no mesmo período.
A psicanalista Júnia de Vilhena discorda dos números. “Quem foi vítima de algum tipo de crime fica muito marcado, é comum manter o trauma. As pessoas que tiveram suas casas reviradas chegam a sentir como se fosse um estupro porque invadiram sua intimidade”, destaca.
Arte/VEJA

Tags: ipea, medo, violência.

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