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quinta-feira, 28 de março de 2013

PACIÊNCIA TEM LIMITES!



Revolta contra aumento da passagem gera grande protesto na noite de Porto Alegre
Samir Oliveira

Centenas de manifestantes realizaram, na noite desta quarta-feira (27), um novo ato contra o aumento da passagem de ônibus em Porto Alegre. Iniciado por volta das 18h30, em frente à prefeitura, o protesto só foi terminar às 22h, em frente ao Palácio da Polícia, na avenida Ipiranga.

Antes de a passagem aumentar, cinco protestos foram realizados no centro da Capital. Após o aumento – que ocorreu na última quinta-feira (21) e elevou a tarifa de R$ 2,85 para R$ 3,05 -, os manifestantes têm realizado praticamente um ato por dia. Até então, o maior deles havia sido na noite de segunda-feira (25), quando estudantes bloquearam durante quatro horas a avenida Ipiranga, em frente à PUCRS.
O protesto desta quarta-feira teve dimensões ainda maiores. Assim que começaram a entoar palavras de ordem, os manifestantes se dirigiram para a entrada da prefeitura, que estava bloqueada apenas por um cordão de isolamento e poucos agentes da Guarda Municipal (GM). Os agentes da GM não conseguiram impedir que a multidão subisse as escadarias da prefeitura – aos gritos de “a prefeitura é nossa!” e “abre a casa do povo!”.

Neste momento, o secretário municipal de Governança, Cézar Busatto (PMDB), tentava dialogar com os manifestantes na entrada da prefeitura. Cerca de uma hora após o ato, ele concedeu uma coletiva à imprensa. Com a roupa manchada da tinta vermelha jogada pelos ativistas, o secretário disse que os manifestantes “pareciam animais criando guerra”. “As coisas foram para um limite insuportável, não houve espaço para diálogo. Foi uma fúria de jovens que começaram a avançar para cima de nós”, criticou.

Busatto informou que a prefeitura irá registrar uma ocorrência na Polícia Civil. O secretário afirmou, ainda, que a conversação dom o PSOL e do PSTU “fica prejudicada”, já que ele identificou bandeiras destes partidos no ato.

Brigada Militar jogou pelo menos cinco bombas de efeito moral
Enquanto os manifestantes ocupavam as escadarias em frente à entrada principal da prefeitura, o batalhão de choque da Brigada Militar (BM) se posicionava a poucos metros, na avenida Borges de Medeiros, entre o Largo Glênio Peres e a Praça Montevidéu.

Neste momento, as luzes da praça em frente à prefeitura se apagaram e os jovens se voltaram para a BM e começaram a gritar: “Recua, polícia, recua! É o poder popular que está na rua!”.

Para dispersar os manifestantes e poder retomar a entrada da prefeitura, a Brigada jogou duas bombas de efeito moral, causando pânico nos jovens e na população que caminhava pelo centro naquele momento. Depois das duas primeiras bombas, alguns manifestantes voltaram a avançar sobre a Praça Montevidéu, jogando pedaços de paus e frutas – como limões – e bolas de gude nos policiais, que se protegiam com escudos.

A partir daí, a Brigada lançou mais três bombas, fazendo com que o grupo recuasse. Tudo isso ocorreu em menos de meia hora. Às 19h, os manifestantes já deixavam as redondezas da prefeitura e se dirigiam à esquina da avenida Borges de Medeiros com a avenida Salgado Filho. Nesse meio tempo, um jovem estava estirado na calçada ao lado da prefeitura, com um corte na cabeça. Ainda não se sabe ao certo o que aconteceu. Relatos informam que ele teria sido “atropelado” pela Brigada Militar enquanto os policiais se dirigiam para a entrada da prefeitura.

Após o final do conflito, a reportagem do Sul21 contabilizou 21 vidros quebrados nas janelas frontais da prefeitura. Um dos pilares da entrada do prédio também estava pichado com a frase “R$ 3,05 é um roubo”. Pelo menos uma viatura da Guarda Municipal teve o para-brisa quebrado.

Estudante foi detida e algemada dentro da prefeitura
Enquanto a Brigada Militar jogava bombas para dispersar os jovens, corria, de boca em boca, a informação de que haviam quatro pessoas detidas dentro da prefeitura. Posteriormente, confirmou-se que pelo menos uma estudante estava, de fato, presa na sede do Executivo municipal.

Luane Barros Xavier foi algemada pela Guarda Municipal e mantida no interior do prédio, impossibilitada de contatar quem estava do lado de fora. A vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) chegou ao local no momento em que a BM dispersava os manifestantes com bombas e, com auxílio de um advogado, conseguiu entrar na prefeitura.

“Encontrei a Luane jogada no chão, algemada, sem ter apresentado nenhuma resistência”, disse a vereadora em conversa com o Sul21 algumas horas depois.

A estudante detida foi levada até o Palácio da Polícia, onde prestou depoimento à delegada de plantão. Com essa informação em mãos, os manifestantes – que, nesse momento, já haviam ido até a avenida Loureiro da Silva, na esquina com a rua José do Patrocínio -, decidiram marchar até a sede da Polícia Civil gaúcha para exigir a libertação da ativista.

Estudante detida na prefeitura foi liberada no Palácio da Polícia
Os ativistas levaram mais de uma hora para chegar ao Palácio da Polícia. Seguindo pela João Pessoa, a partir do viaduto com a Loureiro da Silva, o grupo conquistou o apoio de muitos moradores da região, que abanavam e comemoravam das janelas dos edifícios, e de muitos trabalhadores rodoviários, que transportavam passageiros no corredor de ônibus .

“Ô motorista! Ô cobrador! Me diz aí se teu salário aumentou!” foi um dos bordões mais ouvidos durante a caminhada.

Os estudantes também aproveitaram o momento para pichar diversos ônibus com os dizeres: “R$ 3,05 é um roubo”, “R$ 2,60 já” e “Passe Livre Já”. Durante o caminho, um jovem quebrou uma janela de um ônibus – que quase não tinha passageiros – e, também, há relatos de que sinaleiras e faróis de diversos coletivos foram destruídas.

Ao chegar em frente ao Palácio da Polícia, o grupo sentou-se na avenida Ipiranga e exigiu a libertação de Luane Barros Xavier. “Libertad! Libertad a los pueblos por luchar!”, gritavam alguns manifestantes.

Em uma espécie de jogral – quando uma pessoa fala uma frase e o grupo a repete em voz alta -, os jovens afirmaram que a detenção de Luane apenas aumentava a indignação do movimento. “Ela apanhou dentro da prefeitura. Obviamente, isso é para nos intimidar. Mas pegaram um dos nossos e nossa indignação dobrou”, bradaram.

A estudante foi liberada pouco antes das 22h, quando a chuva já caía forte sobre Porto Alegre. Emocionada, ela abraçou os manifestantes e chorou. Os ativistas avisaram que irão organizar novos atos para pressionar pela revogação do reajuste da passagem de ônibus.

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