Zavascki se diz impedido de responder perguntas dos senadores
Em sabatina, indicado da presidente Dilma a ocupar a vaga de Cezar Peluso se reservou o direito de não comentar o caso
Brasília - Teori Zavascki, indicado da presidente Dilma Rousseff a ocupar a vaga de Cezar Peluso no Supremo Tribunal Federal (STF), se disse impedido de responder às perguntas dos senadores sobre sua possível participação no julgamento do processo do mensalão, durante a sabatina conduzida pelos integrantes da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. Parlamentares da oposição chegaram a apresentar um requerimento para adiar a sessão com Zavascki, devido a coicidência com a votação da Medida Provisória do Código Florestal, pois a questão de ordem exige a presença de todos os senadores na sessão plenária.
Mesmo assim, os questionamentos continuaram, só sendo suspensos por volta das 16h30 para que os parlamentares comparecessem à votação. De acordo com o senador Eunício Oliveira, presidente da comissão, os parlamentares serão novamente convocados quando for oportuno. A oposição estava temerosa de que o futuro ministro do STF pedisse vista do processo, suspendendo as sessões e atrasando ainda mais sua conclusão do julgamento. Zavascki se reservou o direito de não comentar o caso e curso no STF. "A vista do processo é incompatível com a possibilidade de estar habilitado a votar. Não há como estar habilitado a votar e pedir vista”, esclareceu o futuro ministro sobre o temor dos colegas.
O relator da indicação na CCJ, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), já apresentou o relatório, tendo concluído que Zavascki reúne os atributos constitucionais necessários para ocupar o cargo. De acordo com o regimento, o nome de Teori Zavascki é submetido ao Plenário do Senado, após a sabatina e a manifestação dos integrantes.
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