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sábado, 5 de maio de 2012

Corrupção: UM ATRAI O OUTRO!


TÂNIA NARA MELO
Poder e corrupção

Poder e corrupção, eis aqui duas coisas que parecem se atrair tal qual o imã ao metal. O mais recente escândalo político em Brasília, envolvendo o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, exemplifica bem essa atração fatal. Depois da primeira denúncia e encontrada a ponta do fio do novelo da relação do parlamentar - tido como um homem íntegro, defensor da ética e da moral -, com o contraventor, a que temos assistido ao longo dos últimos dias é a emersão de uma sucessão de negociatas que deixa qualquer um ruborizado com tamanha desfaçatez. É a velha prática de se fazer cortesia com o chapéu alheio, ou melhor: com o dinheiro público. 

Na verdade, o uso do dinheiro público de forma indevida tem sido fato mais que corriqueiro em nossa república verde-amarela, quase como se fosse uma regra, e não exceção. É caso até de pensar que talvez seja uma maldição, pois é algo tão arraigado que parece não haver solução. 

Nos últimos anos já vimos mensalinhos, mensalão, sanguessugas, dispensa de licitações, obras superfaturadas, desvio de verbas, aumento de patrimônio, comissões, trens da alegria, nepotismo, dinheiro na cueca, na meia, na bolsa, e por aí vai a lista de atos de corrupção que já fazem parte de nossa história política. Os nomes são os mais diversos; os objetivos, no entanto, são sempre os mesmos: angariar vantagens financeiras e políticas. Ou seja: mais poder e mais dinheiro. Agora, temos Demóstenes x Cachoeira. 

A questão é que os adeptos da corrupção acreditam que o dinheiro público pode ser usado a seu bel-prazer e esquecem que o dinheiro do governo não cai do céu, nem brota do chão, ele tem sua origem na alta carga de impostos que pesa sobre os ombros dos brasileiros. Cada cidadão que aqui nasce já tem sua cota de contribuição estipulada, uma cota que não se esgota e que será cobrada até o fim de sua vida. É como diz trecho de uma música de Raul Seixas: ‘tem que pagar pra nascer, tem que pagar pra viver, tem que pagar pra morrer. E não tem jeito! 

Em outras palavras, isso significa que quando os corruptos ‘surrupiam’ o dinheiro público estão fazendo uso - em benefício próprio, claro - do dinheiro dos brasileiros. Do seu, do meu, do nosso dinheiro, aquele mesmo que nos é cobrado em todas as nossas ações do dia-a-dia. Por aqui imposto não é opcional, é obrigatório, é caro, muito caro, e mais: pago antecipadamente! 

Toda esta situação é por demais lamentável, principalmente porque em todos esses escândalos expostos pela mídia o que impera é a impunidade geral de corruptos e corruptores. Com mais esse escândalo na conta, o que os cidadãos brasileiros esperam é que, no mínimo, todos os envolvidos sejam devidamente punidos. Porque a gente sabe que o dinheiro ‘surrupiado’ jamais será recuperado! 



TÂNIA NARA MELO é editora de Opinião do Diário



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