Câmara pagou R$ 10 milhões a deputados que não exerceram mandato
Até o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ - que não é lá essas coisas) vai propor um projeto de lei que impede parlamentares designados para funções no Executivo de receberem salários pela Câmara dos Deputados. Hoje, um deputado nomeado para alguma secretaria tem a opção de escolher o salário da Câmara ou da pasta na qual vai exercer o cargo. Como os vencimentos de um parlamentar geralmente são maiores do que os de secretários do Executivo, eles sempre escolhem o pagamento pela Câmara, mesmo sem exercer o mandato um dia sequer.
O tamanho do rombo
Graças a essa regra, a Câmara dos Deputados gastou R$ 22 milhões no ano passado: R$ 10 milhões com deputados que sequer pisaram em Brasília e ficaram em seus estados à serviço do executivo e R$ 12 milhões com os suplentes que os substituíram.
Mais radical
Já o PPS tem uma proposta mais dura. A ideia do partido é fazer com que um parlamentar seja obrigado a renunciar ao mandato caso aceite exercer um cargo no Executivo. A mudança, que pode pintar na reforma política, não agradou muito os deputados.
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