Demóstenes vira vidraça no DEM por ligação sigilosa com
Carlinhos Cachoeira
15/3/2012 11:40
O senador Demóstenes Torres tinha uma 'linha quente' para
falar com o bicheiro
A notícia de que o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos,
o Carlinhos Cachoeira, habilitou em Miami 15 aparelhos de rádio, da marca
Nextel, e os distribuiu entre pessoas de sua mais estrita confiança, sendo uma
delas o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), servirá de base para a instalação
de um processo disciplinar contra o parlamentar da ultradireita, que poderá
terminar expulso da legenda, a exemplo do ex-governador de Brasília José
Roberto Arruda, que caiu após o Escândalo dos Panettones. Documento da 11ª Vara
da Justiça Federal, em Goiás, vazado para a revista Época, que integra o
conjunto de veículos de comunicação da Rede Globo, revela que o propósito de
Cachoeira, segundo a Polícia Federal, era evitar que escutas telefônicas,
legais ou ilegais, captassem suas conversas com os comandantes de uma rede de
exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de Brasília.
Nos relatórios da investigação, o grupo contemplado com os
rádios é chamado de “14 + 1”. Entre os 14, há foragidos e os que foram presos
com Carlinhos Cachoeira durante a Operação Monte Carlo, da PF. O “1” é o
senador Demóstenes Torres, diz a revista.
Conversa reservada
A revista também ouviu o senador Demóstenes, em seu gabinete
no Senado. “Ele estava acompanhado de seu advogado Antonio Carlos Almeida
Castro, o Kakay. Indagado se havia recebido um aparelho de rádio para conversas
exclusivas com Cachoeira, Demóstenes pediu licença para ter uma conversa
reservada com seu advogado antes de responder à pergunta. Cinco minutos depois,
disse à reportagem que, por recomendação do advogado, não faria declarações
sobre o assunto. A interlocutores, no entanto, o senador goiano confirmou que
recebeu o aparelho de Cachoeira, que foi usado exclusivamente em conversas
entre os dois. Segundo Demóstenes, nos quase 300 diálogos com Cachoeira,
gravados pela Polícia Federal com ordem judicial, não há nada que o
comprometa”, afirma o texto da reportagem.
“São conversas entre amigos, só há trivialidades”, teria
dito o parlamentar aos repórteres.
Tais escutas permitiram que os investigadores descobrissem
que Cachoeira deu a Demóstenes uma geladeira e um fogão importados como
presente de casamento, dos quais o líder do DEM no Senado não pretende abrir
mão.
Segundo a investigação, Carlinhos Cachoeira resolveu
habilitar os 15 rádios Nextel em Miami porque “arapongas lhe asseguraram que,
assim, eles escapariam de grampos telefônicos. Segundo o Ministério Público
Federal, Cachoeira seguiu orientação do delegado da Polícia Federal Fernando
Byron e do ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá,
também presos na Operação Monte Carlo”, acrescenta a reportagem.
“Para azar deles e sorte da sociedade, a Polícia Federal
conseguiu realizar a interceptação telefônica. E isso mudou todo o rumo da investigação”,
afirmou o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, na decisão judicial que
autorizou a operação Monte Carlo, na qual Demóstenes foi flagrado.
MEUS ESPAÇOS ESTÃO DISPONÍVEIS PARA SEUS ESCLARECIMENTOS!
OLÁ.
ResponderExcluirE ELE TEVE APOIO DA MAIORIA DOS SENADORES. QUANDO O APOIO É GRANDE, GRANDE TAMBÉM É A CORRUPÇÃO.
ABS DO BETOCRITICA
OLÁ.
ResponderExcluirE ELE TEVE APOIO DA MAIORIA DOS SENADORES. QUANDO O APOIO É GRANDE, GRANDE TAMBÉM É A CORRUPÇÃO.
ABS DO BETOCRITICA