De: OSWALDO COLOMBO FILHO
Para: PPAIM@senado.gov.br; paulopaim@senador.gov.br
Cc: Aderval Pires Gomes
Enviadas: Quinta-feira, 22 de Março de 2012 12:30
Assunto: Carta ao Senador Paulo Paim
São Paulo, 22 de março de 2011.
Ao
Senador Paulo Paim
Prezado Senador
Permita-me apor comentário ao e-mail que V.Exa. endereçou em resposta ao contato que o Sr. Aderval Gomes reportou a V.Exa. Aderval, ex-oficial da Marinha Mercante brasileira, é um amigo que nos honra com sua amizade e profunda demonstração de civismo.
Cita V.Exa. que a luta dos aposentados, ou prol destes, por reajustes condignos é uma questão de direitos humanos. Portanto, concluímos que chegamos a uma situação calamitosa onde o Governo que diz nos governar atenta contra princípios básicos à dignidade de parcela significativa da sua própria nação. Portanto nossa luta passa a ser Santa.
- "Quando a injustiça se torna uma lei, a desobediência é uma obrigação moral", nos disse Mahatma Gandhi.
Os aposentados desde janeiro de 2003 até hoje perderam em relação ao piso previdenciário 37%, isto no transcurso de um Governo que para se eleger lhes prometeu anular o efeito devastador dessa perda. E qual perda? O direito soberano a isonomia de obter o mesmo reajuste concedido ao salário mínimo, ou piso previdenciário.
Prezado Senador, bem sabe V.Exa. que nos países onde legalmente esteja disposto um salário mínimo como referencia ao mercado, não só é respeitado em termos de valor como em termos de reajustes a ser aplicado às bases salariais ou arrecadatórias a que esse valor referencia se correlacione e balize. Assim é a ordem econômica, fiscal e trabalhista no mundo todo, mas não no Brasil, mesmo sendo piso previdenciário igual ao salário mínimo. Trata-se do “imbróglio constitucional”, onde alguns são “menos iguais que outros”. Alguns sequer precisam contribuir para receber tanto quanto os que contribuíram por décadas; outros são punidos por terem contribuído mais e/ou por mais tempo. Aposentadorias sem proporção pelo valor básico ou unidade monetária de dimensionamento do regime já é um fato raro em Regimes de repartição pública; porém afagar essa aberração, como ora ocorre, não passa de um perverso processo de expropriação de renda dos aposentados. Esta máxima em economia, por si só já demostraria justeza da questão, mesmo antes de ter que reportar a ela o caráter isonômico evidente a cidadãos dentro de um mesmo regime previdenciário. Aliás – isonomia, no Brasil é “conversa fiada”.
Posto isso, o ganho real daqueles que recebem até o piso na verdade sai daqueles que recebem e contribuíram acima dessa base, trata-se de um processo de transferência de renda de quem tinha alguma coisa para quem tinha menos, e foi assim que reportamos nesta semana à Revista The Economist ao também comentar a imoralidade que é o déficit do RPPS federal, renúncias previdenciárias, DRU, sonegações etc. Tal qual, e sem ironia, detalhar a experiência de quem se aposenta e dias depois recebe um telefonema ofertando a abertura do crédito consignado patrocinado pelo próprio INSS a um limite variando de três a nove vezes o valor mensal do benefício, com a taxa de juros mais escorchante do mundo, e sem nenhum risco para a instituição financeira; pois o próprio Governo (que nos governa e ampara) desconta na fonte; dando ao clientelismo bancário o chamado risco zera na inadimplência (spread zero, e lucro máximo). É inacreditável, mas verdadeiro.
Talvez esteja ai a razão para Lula ter anunciado de forma esfuziante a “autorização desse benefício aos aposentados”. Visava deixar esses milhões de pessoas, ou vagabundos como FHC chamou, com o “pires na mão” e deixá-los à mingua sendo explorados por agiotas. Vergonha tipicamente brasileira que economistas independentes estão levando ao mundo meu caro Senador, pois se enojaram de como o clientelismo e o corporativismo, e como nunca dantes na história desse país ordenam os passos que o Governo deva dar. Jamais as circunstâncias e barganhas foram tão mais importantes que os direitos dos cidadãos.
A moral perdeu guarida. Ambos sabemos de tudo isso caro Senador; porém eu muito menos que o senhor posso fazer, mas o que puder fazer, eu farei para que essa farsa publicitária que é a fachada de um governo populista se esgote aos olhos do mundo com a maior rapidez possível.
Certo de sua costumeira atenção reporto-lhe votos de respeito e solidariedade.
Oswaldo Colombo Filho
----- Mensagem encaminhada -----
De: Sen. Paulo Paim <PPAIM@senado.gov.br>
Para: Aderval Pires Gomes Pires <aderval.pires@yahoo.com.br>
Enviadas: Terça-feira, 20 de Março de 2012 11:57
Assunto: RES: Aposentados do INSS
Senhor Aderval,
Registramos seu contato com o mandato.
O Senador está tentando de todos os meios encontrar uma saída para resolver a questão do reajuste dos aposentados que recebem acima do salário mínimo. Seja através de seus projetos ou reivindicando uma solução junto ao executivo.
Para ele, é uma questão de Direitos Humanos. Aqui no Senado os projetos foram aprovados por unanimidade... Mesmo com a pressão do Executivo.
Por isso, precisamos continuar pressionando para que os deputados votem e assumam suas posições.
Saudações respeitosas,
Maria Aparecida Santos
Assessoria de Demandas
----- Mensagem encaminhada -----
De: Aderval Pires Gomes Pires <aderval.pires@yahoo.com.br>
Para: Senador <paulopaim@senador.gov.br>
Cc: Marco <dep.marcomaia@camara.gov.br>
Enviadas: Segunda-feira, 12 de Março de 2012 22:37
Assunto: Aposentados do INSS
Prezado senador Paulo Paim,
Há muito tempo estou para lhe mandar um e-mail, mas me sentia desmotivado, a razão disso era que depois da sua reeleição fiquei com a impressão que v. Exa. tinha nos abandonado. Tenho acompanhando os debates na luta pela nossa classe, mas me parece que tem sido infrutíferas, ou seja, até agora os resultados não são bons para o nosso lado. Prezado senador, sendo V. Exa. gaúcho e do PT, me admira que que o deputado Marco Maia, tbm gaúcho e tbm do PT não atenda uma solicitação de V. Exa. para colocar em votação pelo menos o nosso Pl 01/07, que é de autoria de V. Exa., temos mandato vários e-mails para o deputado Marco Maia, mas parece que não os lê ou não toma conhecimento, ou ainda que sua assessoria não lhe entrega os nossos e-mails, não é possível que um político seja tão insensível para não atender o clamor da maioria de seus eleitores, como na reeleição de v. Exa. tenho pedido aos amigos gaúchos (aposentados) que enviem e-mail ao deputado Marco Maia, mas o homem parece que é de gelo, não quer saber de aposentado, para ele os aposentados só servem na hora de sua reeleição, depois como disse aquele outro deputado gaúcho, ele esta se lixando para os aposentados, senador, V. Exca.t em que bater duro nessa gente, senão não vamos sair disso, meus respeitosos cumprimentos,
Aderval Pires Gomes
Aposentado - Rio de Janeiro.
SEM COMENTÁRIOS!
Amigos, o Que mais me impressionou, foi a cara de pau da assessora do Paim. Vejam que pérola! "O senador está tentando de todas as maneiras, encontrar uma solução para os aposentados." será que esta sehora imagina, que aqui só tem otários e analfabetos? Já se passaram 9 anos do governo dos PTralhas, e o Paim ainda não encontrou uma maneira de ver aprovados os seus pLs, os quais nos devolvem as nossas perdas usurpadas? Portanto, até quando iremos ter que esperar que o mesmo encontre esta maneira de reparar o que nos roubaram? Ad eternum? Paim, a Dilma falou que os aposentados não são prioridades pra ela. Vc acha que devemos ainda acreditar em vc, de que conseguirá reverter o que a presidenta disse? Ou vc pensa que nós somos tão inocentes, ao ponto de imaginar que vc irá fazer a Dilma voltar atrás no que ela falou? Senador, já passou do limite do ridículo para você, não acha?
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