Homem de coragem
“Você está a fim de mim, e eu de você. A dúvida é saber quem vai tirar o outro primeiro para dançar”.
Blairo Maggi, senador do PR de Mato Grosso, para a ministra Ideli Salvatti, deixando claro que, para garantir o controle do Ministério dos Transportes, topa qualquer sacrifício ─ até apaixonar-se por uma integrante da Ala das Graciosas.
Desonestidade constitucional
“É necessário banir da vida pública pessoas desonestas e improbas, mas, de qualquer maneira, é preciso respeitar as regras da Constituição”.
Celso de Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal, durante votação da Lei da Ficha Limpa, lembrando que a Constituição protege pessoas desonestas e improbas.
Celso Arnaldo captura Marina
“O drama desse ‘avestruzamento’ coletivo é que a realidade dos problemas que precisam ser enfrentados ─ e que, a cada ano, acabam sendo deixados para depois do Carnaval ─ não pode ser indefinidamente armazenada como se fosse uma fantasia de um desfile malsucedido, que nunca mais queremos ver repetir-se”
Marina Silva, em sua crônica desta sexta-feira na Folha, homenageando o Carnaval com uma versão bem maluca do samba do curupira doido.
Acusação gravíssima
“Infelizmente, o STF tirou o direito dos eleitores de, soberanamente, escolher o melhor nome para governá-los em 2014″.
Joaquim Roriz, que renunciou ao mandato de senador pelo Distrito Federal em 2007 para escapar da cassação, marido de Weslian Roriz, que se candidatou em 2010 ao governo do DF no lugar do marido e pai de Jaqueline Roriz, deputada federal pelo PMN do Distrito Federal, flagrada recebendo propina, acusando todos os demais concorrentes ao cargo de governador de serem piores que ele.
Paixão de Carnaval
“Já estou vendo as matérias amanhã: ministro da Fazenda cai”.
Guido Mantega, ministro da Fazenda, pronto para desfilar no Carnaval de Brasília fantasiado de Carlos Lupi e berrando “Eu te amo, Dilma!”
Toga em parafuso
“Nem aos militares ocorreu fazer uma lei dessas”.
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, ensinando que a Lei da Ficha Limpa é pior que ditadura.
Lei do silêncio
“Passei seis anos e meio no Ministério da Educação e não precisei fazer críticas a meus antecessores para realizar o meu trabalho”.
Fernando Haddad, ex-ministro da Educação, explicando que, como evitou comentar as lambanças protagonizadas pelos antecessores Cristovam Buarque e Tarso Genro, espera que o sucessor Aloízio Mercadante faça de conta que nem ouviu falar nos naufrágios do Enem, no livro que ensina que falar errado está certo, no livro que ensina que 10 menos 4 é igual e 7 e no livro que acusa Monteiro Lobato de racismo, fora o resto.
Atecnia cearense
“Nem sempre uma atecnia significa que a pessoa não tenha uma conduta ilibada. Hoje, no serviço público, as pessoas são multadas por conta de atecnias, mas isso não quer dizer que a pessoa não seja séria.”
Cid Gomes, governador do Ceará, capturado pelo comentaristas Hermenegildo Barroso ao defender o afilhado Hélio Parente, novo conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, condenado pelo mesmo tribunal por atraso de prestação de contas, acrescentando mais um verbete ao dicionário da novilíngua petista: “atecnia” é um palavrão que revoga atropelamentos da lei cometidos por parceiros de palanque.
Legítima herdeira
“Se for corte das emendas individuais ao Orçamento, o governo bebeu. Se for de emendas de bancadas, o governo também bebeu”.
Lincoln Portela, líder do PR na Câmara dos Deputados, acusando Dilma Rousseff de ter herdado, além da Presidência da República, todos os hábitos do antecessor.
Me engana que eu gosto (3.578)
“O que nós queremos em São Paulo é abraçar o melhor projeto para a cidade e não para o partido”.
Gilberto Kassab, explicando que o vencedor do leilão do PSD será o candidato que pensar com mais carinho na cidade, não o partido que pagar o maior preço pela sigla que não é de esquerda, nem de centro e nem de direita.
“A imprensa, na maioria das vezes marrom, está acuando o juiz. O juiz desonesto deve ser excluído, mas não é assim que a imprensa está fazendo. Precisamos das associações para lutarmos contra essa imprensa marrom”.
Tourinho Neto, desembargador e integrante do Conselho Nacional de Justiça, na reunião que discutiu a proposta da corregedora Eliana Calmon que proíbe a participação de juízes em congressos patrocinados por empresas privadas, ensinando que imprensa boa é a que usa lentes cor-de-rosa para contemplar os piqueniques do Judiciário em resorts cinco estrelas.
Precedente perigoso
“A opinião pública não precisa ser consultada, nós sabemos a resposta da opinião pública”.
Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, capturado pelo comentarista Otavio durante a reunião do CNJ que discutiu a realização de uma consulta pública sobre a resolução proposta pela corregedora Eliana Calmon que proíbe juízes de participarem de eventos patrocinados por empresas privadas, caprichando num palavrório que, transformada em lei, também tornaria dispensável consultar magistrados sobre esse assunto, já que todo mundo sabe as respostas que o Judiciário dá.
“É uma das leis de pior redação legislativa que vi nos últimos tempos. Leis mal redigidas por vezes corrompem o propósito dos legisladores e o próprio direito”.
José Antonio Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal, explicando que votou contra a Lei da Ficha Limpa porque o redator do texto escreve pior que ele.
Esperem sentados
“Eu tenho a expectativa de que possamos avançar, espero eu, até neste semestre a respeito disso, mas, volto a dizer, é uma decisão da presidenta”.
Celso Amorim, ministro da Defesa, informando que os novos caças da Força Aérea Brasileira chegarão a bordo de um vagão cargueiro do trem-bala, mas só depois de concluída a transposição das águas do Rio São Francisco.
Canastrão injustiçado
“Fui julgado sumariamente sem nenhuma prova”.
Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, sobre a decisão da Comissão de Ética Pública de recomendar a Dilma Rousseff que o demitisse do Ministério do Trabalho, alegando que fotos e vídeos que mostram um delinquente em ação deixaram de valer como provas no momento em que declarou, publicamente, seu amor pela presidente da República.
Verbete novo
“No caso do PT, não se tratou de mensalão, mas de financiamento de campanha”.
Jilmar Tatto, líder do PT na Câmara dos Deputados, propondo a incorporação ao glossário da novilíngua lulista do verbete “financiamento de campanha”, que em língua de gente significa “expressão usada por integrantes da quadrilha do mensalão e seus comparsas em depoimentos na polícia ou na Justiça”.
“No cafezinho do Congresso Nacional, todo mundo sabe quem tá roubando aonde (sic) e em favor de quem. E quem é que paga mensalão, mensalinho e mensamédio”.
Ciro Gomes, na entrevista à Rede TV, revelando que sempre achou muito natural conviver amistosamente com grandes, pequenos e médios ladrões .
Milagre revelado
“Darei as explicações necessárias”.
Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, sobre a decisão da Comissão de Ética da Presidência da República de ouvi-lo sobre o que andou fazendo entre 2008 e 2010, garantindo que agora está pronto para explicar como conseguiu ganhar R$ 150 mil como consultor de uma fábrica de tubaína (mais que o faturamento anual da empresa) em troca de conselhos que levaram a cliente à falência.
Sai daí, Guido!
“Liguei para mamãe logo cedo e disse: ‘Sou o homem mais poderoso da República. Derrubei o Zé Dirceu e agora vou derrubar o Mantega’”.
Roberto Jefferson, presidente do PTB, ao saber dos rumores que lhe atribuem a autoria da ação de despejo contra o ministro da Fazenda, disfarçando com o sorriso irônico a vontade de berrar: “Sai daí, Guido!”
Tremenda piada
“Acho que são piadas de mau gosto”.
Guido Mantega, ministro da Fazenda, sobre os rumores segundo os quais a perda do emprego é iminente, fingindo ignorar que nenhuma piada pode ser tão pouco divertida para os brasileiros do que a permanência de um guidomantega por mais de nove anos no primeiro escalão federal.
Casa do Espanto
“Já estamos em semana momesca, com a Casa funcionando meia-bomba”.
Vital do Rego, senador do PMDB da Paraíba, fingindo que no Congresso também existem semanas que não são momescas, mas reconhecendo que a Casa do Espanto frequentemente troca o regime meia-bomba por atentados aos bons costumes em tempo integral.
Laços eternos
“Os próprios petistas não iam querem um Judas no palanque. Fui eu mesmo que chamei o governo de Serra/Kassab”.
Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, depois de piscar para Dilma Rousseff na festa de aniversário do PT, flertar com Fernando Haddad e declarar que ele e Marta Suplicy podem ser bons amigos, revelando que nada é mais forte que a antiga ligação com José Serra.
Musa do verão
“Agora é tudo com você, graciosa”.
Dilma Rousseff, na festa de posse de Maria das Graças Foster, homenageando na figura da nova presidente da Petrobras a graça, a beleza, o charme e o veneno da mulher brasileira.
Sem-cadeia
“É bobagem”.
Walter Pinheiro, líder do PT no Senado, sobre a convocação do ministro Fernando Pimentel para depor na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, ensinando que, na novilíngua companheira, “bobagem” quer dizer bandidagem impune.
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