FRASES DO DIA O2/12/11 14:03

Classe & elegância

“Esperamos que ela não ouça essa comissão de gagás. Essa é uma comissão de gagás, de velhinhos que ficam perseguindo o ministro Lupi. Vamos ver se a Dilma vai ouvir essa comissão de retardados.”

Paulo Pereira da Silva, vulgo Paulinho da Força, sobre a decisão da Comissão de Ética Pública de pedir a Dilma Rousseff a demissão de Carlos Lupi, exigindo que a presidente ouça apenas o que tem a dizer a Confederação dos Corruptos, Assaltantes de Cofres Públicos e Sindicalistas Larápios, entidade presidida pelo declarante que aguarda o reconhecimento oficial do Ministério do Trabalho.

Pelo menos isso

“O ministro Carlos Lupi não tem se furtado a dar os esclarecimentos.”

Vieira da Cunha, deputado do PDT do Rio Grande do Sul, garantindo que esclarecimentos o ministro do Trabalho nunca furtou.

Cabides para todos

“Não deve ter porteira fechada em nenhum lugar.”

Rui Falcão, presidente do PT, explicando que o programa Desemprego Zero para a Companheirada precisa dos cabideiros do segundo escalão para cumprir a promessa, feita por Lula, de transformar todos os militantes do partido em funcionários do governo.

Amapá em perigo

“Confesso que, independente das divergências políticas que possamos ter, vamos trabalhar pelo Amapá acima de tudo.”

João Capiberibe, senador do PSB do Amapá, ao tomar posse nesta terça-feira depois de alguns meses de espera impostos pela lei da Ficha Limpa, ameaçando a população do Estado com a promessa de trabalhar em parceria com o senador José Sarney, vulgo Madre Superiora.

Tremenda viagem

“Não é verdade que ninguém está acima da lei.”

Trecho documento sobre a invasão da reitoria da USP divulgado pela Associação Juízes para a Democracia, redigido numa variação do dilmês jurídico ainda não dicionarizada, ensinando o que em língua de gente poderia ser resumido em 14 palavras: “Todos são iguais perante a lei, mas alguns são mais iguais que os outros”.

Polícia é para pobre

“A AJD sente-se na obrigação de externar a sua indignação diante da opção reacionária de autoridades acadêmicas pela indevida judicialização de questões eminentemente políticas, que deveriam ser enfrentadas, sobretudo no âmbito universitário, sob a égide de princípios democráticos e sob o arnês da tolerância e da disposição para o diálogo, não pela adoção nada democrática de posturas determinadas por uma lógica irracional, fundada na intolerância de modelos punitivos moralizadores, no uso da força e de expedientes ‘disciplinadores’ para subjugar os movimentos estudantis reivindicatórios e no predomínio das razões de autoridade sobre as razões de direito, causando inevitáveis sequelas para o aprendizado democrático.”

Trecho do palavrório sobre a invasão da reitoria da USP divulgado pela Associação Juízes para a Democracia (AJD), redigido numa vertente do dilmês erudito ainda não catalogada pelo Celso Arnaldo, afirmando o que, em língua de gente, cabe numa frase de cinco palavras: “Polícia é coisa para pobre”.

Falta vergonha

“É um fato novo que deve ser examinado com muito cuidado e sem passionalismo.”

Sepúlveda Pertence, presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, sobre o pedido de explicações adicionais feito por Dilma Rousseff, explicando que merece ser examinada com muita atenção e nenhuma pressa a solicitação que a presidente esqueceu de fazer quando a mesma comissão resolveu absolver os pecadores Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais e Orlando Silva.

Falta tempo

“A Casa Civil, a pedido da presidenta da República, está mandando um ofício requisitando que seja mandado para ela o processo, ou seja, os elementos que embasaram a decisão e a sugestão que ela recebeu por ofício.”

Helena Chagas, ministra da Secretaria de Comunicação, explicando que, como não tem tempo para ler nos jornais e revistas o que andam fazendo os ministros que nomeou, Dilma Rousseff quer receber uma pasta com os melhores momentos do prontuário de Carlos Lupi.