A sociedade necessita dos partidos políticos!?
Muitas pessoas imaginam que os partidos políticos constituem-se em aglomerados de pessoas que buscam única e exclusivamente o poder para que possam desfrutar de benesses advindas disso. Será que os partidos são isso mesmo? Os partidos políticos no Brasil correspondem ao que deveriam ser? O que fazer para transformar os partidos em instituição respeitada e que cumpram as atribuições que lhe são próprias?
A Lei nº. 9.096, de 19 de setembro de 1995, que regulamenta os artigos 14 e 17 da Constituição Federal de 1988 e é conhecida como a Lei dos Partidos Políticos define em seu primeiro artigo que “partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal”. Desta forma, um partido deve ter como uma das suas principais bandeiras defender as premissas democráticas e buscar o atendimento dos interesses da coletividade, ressaltando viés ideológicos próprios da pluralidade de pensamentos existem nas sociedades. Os partidos devem atender os interesses da sociedade, de acordo com a visão ideológica de seus integrantes, respeitando o que determina a nossa Constituição, realçando os princípios éticos, morais e dos bons costumes.
Os partidos políticos são essenciais para a representação dos interesses da sociedade. Devem ser o local onde podem ter uma formação política adequada para aprender a buscar o atendimento dos anseios da população por meios legais, legítimos e éticos. Dentro dos próprios partidos devem existir a democracia, o respeito a todos os filiados e à população, a união, a fidelidade, a ética, a moralidade e a legalidade. Infelizmente, pelo menos no Brasil, esses princípios não são respeitados o que, em grande parte, é a explicação pela rejeição de uma parte significativa da sociedade aos partidos políticos. Estes são tidos como corruptos, concentradores, buscam interesses escusos, alimentam os interesses próprios às custas dos interesses da sociedade em geral e uma série de outras ações e tipos de comportamentos que vão contra ao que as pessoas em geral almejam de uma instituição que tem como um dos princípios respeitar e buscar o atendimento das demandas justas e necessárias para o bem estar da população.
A população é muito reticente com relação aos meios e a eficácia com que os partidos conseguem alcançar os seus objetivos. Cerca de 90% dos eleitores no Brasil não são filiados a nenhum partido o que significa que a imensa maioria das pessoas são apáticas ao que acontece nessas organizações. Na verdade, o grande culpado disso são as pessoas que compõem essas instituições que muitas vezes não levam em conta o que consta no próprio estatuto do partido, tentam centralizar a decisões, dando muito pouca oportunidade para os que não fazem parte do grupo íntimo dos dirigentes ou se é alguém que tenha muito dinheiro ou que tenha grande visibilidade, principalmente da mídia. Certamente, a democracia no próprio partido deve ser realidade para que o partido seja considerado democrático e tenha uma função para qual todos os partidos devem cumprir.
A participação das pessoas na política deve ser incentivada e realçada, principalmente em momento em que essa arte tão bonita, sublime e relevante para a sociedade está em decadência na mente e no coração de muita gente. Como não vivemos em anarquia e precisamos de governos, para atender os mais diversos tipos de demandas impostas pela sociedade visto que muitas necessidades não podem ser atendidas pelas pessoas individualmente. Desta forma, para que se forme o governo e o Estado tenha forma, comando, estrutura e funcione de forma correta e atenda aos objetivos para os quais foi criado é necessário que a sociedade seja representada de forma organizada, transparente, objetiva e com igualdade de oportunidade. Somente os partidos políticos podem servir como meios para que esse objetivo seja atendido. Quais outros meios seriam possíveis para cumprir esse papel? As igrejas? As associações? Creio que não. Os partidos são essenciais para a democracia, a representação e a participação popular na organização do Estado e no atendimento dos anseios do povo.
O que está de fato errado são uma parte das pessoas que dirigem os partidos, uma parte grande dos eleitos que não cumprem o que determinam os partidos, a população que não se interessa por política em entram nessa arte magnífica para limpar o lamaçal deixado por pessoas inescrupulosas que se aproveitam de situação privilegiada para obter benefícios próprios. Com muitas pessoas boas entrando na política, esta deve se transformar em algo crescentemente admirada por todos. Os bons expulsarão os ruins, fazendo com que todos saiam ganhando, os partidos, os políticos e a sociedade em geral. A sociedade é complexa por natureza e o ser humano imprevisível, mas se as pessoas com índole para o bem não se acovardarem e não deixarem os maus se perpetuarem na política o bem vencerá e os ganhos para a sociedade serão incomensuráveis.
Postado por Francisco Castro
http://blogdefranciscocastro.blogspot.com/
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