Milhares de jovens italianos voltam a protestar contra reforma universitária
46 minutos atrás
Roma, 22 dez (EFE).- Milhares de estudantes voltaram a sair nesta quarta-feira às ruas na Itália, de um modo muito menos violento que há uma semana, para protestar contra a reforma universitária do Governo de Silvio Berlusconi, cuja aprovação definitiva no Senado estava prevista para hoje.PUBLICIDADE |
A capital italiana, palco de uma autêntica batalha campal na semana passada enquanto Berlusconi superava uma moção de censura, estava preparada para os protestos, com um amplo desdobramento policial que protegeu de modo especial o centro da cidade.
Finalmente, a grande manifestação de estudantes, que protestam contra os cortes da chamada Reforma Gelmini (nome da ministra da Educação, Mariastella Gelmini), ocorreu com normalidade, embora tendo gerado alguns problemas no trânsito da cidade.
Aproximadamente dez mil pessoas, segundo o jornal "La Repubblica", se concentraram em Roma em uma manifestação para a qual também foram preparados os meios transporte público e a própria população, que fez com que nesta quarta-feira o centro urbano estivesse menos movimentado que o habitual.
"Podemos nos permitir um suspiro de alívio e dizer que as imagens feias da terça-feira negra de Roma não se repetiram", comentou o prefeito de Roma, Gianni Alemmano.
"O fato de não terem sido verificados confrontos é consequência da maior responsabilidade demonstrada pelos universitários e do grande profissionalismo das forças de ordem, que efetuaram um sistema dissuasório eficaz e convincente, que impediu novos incidentes e novas provocações", acrescentou.
Apesar do tom pacífico praticamente generalizado, fiel às promessas que as associações estudantis tinham feito nos últimos dias, em Milão e em Palermo foram registrados alguns distúrbios e choques com a Polícia.
Na capital siciliana, os manifestantes lançaram ovos, laranjas e rojões após não conseguirem entrar no palácio de Orleans, sede da Presidência da região, o que levou a Polícia a fazer uso de cassetetes para dissuadir os mais violentos.
Também em Palermo, outro grupo de estudantes jogou pedras e garrafas contra uma delegacia de Polícia, enquanto em Turim uma centena de universitários percorreu as principais áreas da cidade com o lema "Vós no Senado, nós na rua". Houve registros de alguns problemas isolados na frente da sede do partido de Berlusconi.
Em Milão, a manifestação, que não havia sido autorizada, conseguiu bloquear algumas vias e causou momentos de tensão com alguns confrontos entre policiais e estudantes.
Os universitários, que nas últimas semanas haviam ocupado os monumentos mais conhecidos do patrimônio artístico italiano, como o Coliseu de Roma, também se rebelaram em Veneza, Ancona, Nápoles e Pisa, onde alguns universitários queimaram livros.
Os protestos haviam sido convocados por conta da previsão que o Senado aprovaria nesta quarta a reforma universitária, mas alguns atrasos de última hora retardaram a decisão para quinta ou até sexta-feira.
Enquanto as emendas são discutidas no Senado, o presidente da República, Giorgio Napolitano, recebeu em Roma um grupo de estudantes, que pediu a ele que não assine a reforma quando ela for aprovada.
O projeto de lei para a reforma universitária prevê, entre outras medidas, cortes nos fundos destinados à pesquisa (os mais contestados por parte dos estudantes) e aos centros públicos, assim como financiamentos à educação privada. EFE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DESABAFOU? RIU? BRINCOU? SE COMOVEU? CHOROU? NÃO GOSTOU?
DE QUALQUER FORMA EU TENTEI! TÔ VENDO TUDO ESTÁ FAZENDO SUA PARTE! MAS SE GOSTOU OU NÃO, FAÇA SUA PARTE, COMENTANDO !